Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que acampavam em frente à fazenda experimental da Embrapa, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, deixaram o local ontem pela manhã, pacificamente.
Apesar da assessoria jurídica do órgão ter protocolado na Justiça um pedido de desocupação, no mesmo dia em que os manifestantes impediram a entrada dos funcionários, não foi preciso a intervenção.
O que motivou a saída dos sem terra foi a definição de uma audiência com a diretoria nacional da Embrapa, na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Curitiba.
A reunião será realizada hoje, às 11h. Além do representante nacional da Embrapa, pelo Departamento de Administração de Materiais e Serviços, responsável pela área de patrimônio, Antônio Álvaro, estarão presentes no encontro, o superintendente regional do Incra, Celso Lisboa de Lacerda, e mais de cem integrantes do MST, vindos dos dois acampamentos montados há três anos em áreas da Embrapa.
Após passarem a noite no acampamento improvisado em frente à sede de Ponta Grossa, o que os sem terra esperam discutir é como será feita a venda das áreas da União para assentar as famílias.
?Nós tivemos um retorno da Embrapa e deixamos o local por volta das 9h. Queremos que o processo da venda seja agilizado?, comenta João Israel Souza, do acampamento Emiliano Zapata, em Ponta Grossa.