O Ministério Público do Trabalho (MPT) no Paraná ajuizou ontem uma ação coletiva que prevê o pagamento do salário do mês de julho a todos os trabalhadores da Usina Central de Porecatu, no norte do Paraná.
Nos últimos dias, a usina passou por vistorias do Grupo Especial Móvel para Erradicação do Trabalho Escravo e Degradante – formado pelo MPT no Paraná, Procuradoria-Geral da República e Ministério do Trabalho -, que encontrou cerca de 230 trabalhadores atuando em situação análoga à de escravos. A ação de ontem vale para todos os funcionários, cerca de 1,8 mil.
Depois da constatação do trabalho escravo, o grupo pediu à usina que os trabalhadores fossem submetidos a rescisões indiretas. Mas, na semana passada, a empresa entrou com um recurso junto à Justiça do Trabalho questionando a ação do grupo móvel. A decisão foi favorável à usina e, agora, as implicações com relação aos funcionários serão discutidas na Justiça.
