Representantes de várias entidades, autoridades, professores e estudantes se reuniram ontem, na sede do Ministério Público do Paraná (MP-PR) em ato público de repúdio à proposta de emenda constitucional a PEC 37. A medida revoga o poder de investigação da entidade. Abaixo-assinado eletrônico contra a PEC está disponível no site do MP. De acordo com o órgão, até ontem já contava com 136 mil assinaturas.
“Alcançamos certo grau de transparência no Brasil, que ainda não é o ideal. Mas o que se apresenta agora (PEC 37) é contraproducente, é um ponto fora da curva. É um golpe contra o estado democrático de direito. Convocamos a sociedade para a luta, porque esse é um ponto sem volta. Não aceitamos retrocesso”, disse o procurador-geral de Justiça do Paraná, Gilberto Giacoia.
“O apoio de lideranças políticas e de entidades da sociedade civil é fundamental e mostra que o MP não está sozinho nessa luta”, comentou o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) braço do MP -, Leonir Battisti. Para ele, se aprovada, a PEC seria uma “tragédia”. “Vai impedir investigações especializadas, principalmente contra crimes de colarinho branco e crime organizado”, afirma.
Adesão
Entre os participantes do ato estavam o presidente do Tribunal de Justiça, Clayton Coutinho de Camargo; o secretário da Segurança Pública, Cid Vasques; a vice-prefeita Miriam Gonçalves; o presidente da Câmara de Curitiba, Paulo Salamuni; e o presidente executivo do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), Guilherme Döring Cunha Pereira.