O Ministério Público do Rio Grande do Sul desencadeou, na manhã de ontem, a operação Leite Compen$ado II. Uma cooperativa paranaense foi atingida pela segunda fase da ação que investiga esquema de adulteração do leite através da adição de água, ureia e formol.

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No Rio Grande do Sul, foram presos preventivamente os empresários transportadores de leite Antenor Pedro Signor e Adelar Roque Signor, o funcionário de ambos, Odirlei Fogalli, e o empresário e vereador de Horizontina Larri Lauri Jappe. Também foi renovado o pedido de prisão preventiva contra o veterinário Daniel Riet Villanova, detido na primeira etapa da operação.

Segundo o promotor de Justiça Mauro Rockenbach, Villanova era o elo entre os transportadores que captavam o leite cru no Rio Grande do Sul e a Confepar, a união de cooperativas agropecuárias do norte do Paraná. Conforme Rochenback, desde fevereiro a empresa paranaense estava ciente que o leite cru recebido dos postos de resfriamento gaúcho, nos quais houve detecção de formol, não deveria ser usado na produção de leite UHT e pasteurizado.

Qualidade

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O presidente da Confepar, Renato José Beleze, nega envolvimento na fraude. “O nosso leite é produzido com qualidade perfeita, as nossas análises são realizadas todos os dias e nunca detectaram adulteração. Também as análises realizadas pelo Ministério da Agricultura depois da primeira operação não deram problema nenhum”, afirma.

Segundo Beleze, não há leite do Rio Grande do Sul comercializado no Paraná. “O leite vendido no Paraná é produzido no Paraná. Só a Coopeleite (uma das filiadas da Confepar) compra dos produtores do Rio Grande do Sul e comercializa no Rio Grande do Sul”. De acordo com o empresário, o veterinário Villanova é um ex-funcionário da Coopeleite que teria sido contratado em janeiro e demitido no começo deste mês, quando começaram as investigações.

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