MP analisa denúncia de milícias no Estado

O Ministério Público Estadual deve começar a analisar esta semana as denúncias de milícias armadas no sudoeste do Estado, onde está localizada a fazenda Araçá. O local está ocupado por cerca de 150 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desde 2006. As denúncias foram feitas pelo MST e pela ong Terra de Direitos ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que as encaminhou à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). O inquérito foi concluído no final de semana.

Os sem terra acusam as milícias de envolvimento no desaparecimento do agricultor Romualdo Alves Moreira, 52 anos, que sumiu há uma semana. ?Suspeitamos de um grupo de pistoleiros. E o pior é que estamos com pouca fé na polícia, pois sabemos que um deles era policial?, disse um dos integrantes do MST, que prefere não se identificar.

A juíza de Francisco Beltrão, Fernanda Monteiro, aguarda o cumprimento do segundo mandado de reintegração de posse da fazenda, solicitado à Sesp no dia 17 de julho. A Sesp informa que ainda não recebeu a ordem.

O ouvidor agrário do Paraná, Luásses dos Santos, informou que resolver a questão dos lotes concedidos pelo Incra para uso do médico Nélson Sandini – dono da outra parte da fazenda – só será possível quando a greve do Incra terminar. Na semana que vem o ouvidor pretende repassar informações adicionais da fazenda à juíza.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo