Nesta quarta-feira (3), a Promotoria de Justiça da Saúde Pública de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, instaurou inquérito civil público para apurar a notícia de compra, fornecimento e utilização de sabonete líquido contaminado por bactérias no Hospital Municipal, no Hospital da Criança e em três Centros de Atenção à Saúde da cidade (CAS).

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Existe suspeita de que o produto tenha sido usado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) infantil do Hospital da Criança, local de onde partiu a primeira denúncia, devido ao aspecto aquoso e o mau cheiro. De acordo com o Ministério Público (MP), uma análise clínica feita em 11 de maio constatou a presença de pelo menos três tipos de bactérias no sabonete.

A Vigilância Sanitária Estadual iniciou uma investigação sobre o caso e encontrou o produto ainda em utilização, apesar da prefeitura da cidade ter comunicado que havia recolhido o material quando notificada sobre o primeiro incidente, na UTI pediátrica.

Além do inquérito civil, o MP promoverá investigação criminal em face das empresas responsáveis pelo fornecimento do produto – há informações de que elas não possuiriam licença sanitária e registro. A Promotoria deve investigar ainda como foi feita a compra do sabonete.

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“Produtos sem registro ou licença sanitária jamais deveriam ser adquiridos pelo Município, sobretudo para uso na área da saúde. Vamos apurar todas as responsabilidades”, diz o Promotor de Justiça Fuad Faraj, que vai conduzir as investigações cíveis e criminais. Ele destaca que, após a intervenção da Vigilância Sanitária Estadual, o uso do sabonete teria sido suspenso nas unidades de saúde.