Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Via Campesina, Assembleia Popular e Coordenação dos Movimentos Sociais realizaram, ontem de manhã, uma marcha pelas ruas de Curitiba. Eles estão percorrendo diversas cidades paranaenses desde o dia 19 de maio, com o objetivo de discutir a crise econômica mundial com a população.
Por volta das 9h30, os participantes saíram do Parque Barigui e foram até a Boca Maldita, na Rua XV de Novembro. “Com a crise, os trabalhadores estão sofrendo com o desemprego e com a flexibilização das leis trabalhistas por parte do empresariado”, comentou uma das coordenadoras da Via Campesina, Elaine Machado.
Com o lema “Trabalhadores e trabalhadoras não pagarão pela crise”, os participantes da marcha propõem a reforma agrária como uma das alternativas. Atualmente, existem cerca de 100 mil famílias acampadas em todo o País. No Paraná, são cerca de sete mil.
Em paralelo à reforma agrária, os trabalhadores defendem a reforma urbana, pedindo garantia de habitação. Outras bandeiras levantadas durante a marcha foram a defesa do petróleo nacional, a reestatização da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) e a redução da jornada de trabalho de 45 para 40 horas semanais, sem redução de salários e direitos. A marcha dos trabalhadores começou em Foz do Iguaçu, no oeste, e Porecatu, norte do Estado. Cerca de 400 pessoas participam da atividade.