As comemorações do Dia de Finados, ontem, foram por água abaixo. A chuva, em Curitiba e na região metropolitana, atrapalhou quem pretendia homenagear um ente querido ou acompanhar as missas e cultos ecumênicos realizados nos cemitérios. O resultado foi movimento abaixo do esperado nos cemitérios e comerciantes lamentando o prejuízo pela baixa procura de flores e velas.
Porém, houve gente que não se intimidou e foi até o cemitério, como a dona de casa Célia Trintim. Ela visitou o túmulo de parentes e também de Maria Bueno, no Cemitério Municipal São Francisco de Paula. “Já tive graças atendidas por ela. Vou a seu túmulo há mais de 25 anos e peguei essa devoção de minha mãe. Até o final da minha vida, chovendo ou fazendo sol, sempre virei aqui para prestar uma homenagem”, garante. A funcionária pública Tereza Veiga conta que foi especialmente ao cemitério para visitar Maria Bueno. “Mesmo com essa chuva, vim até aqui para agradecer à santa’ e para fazer outros pedidos. Tenho muita fé nela”, comenta.
Missa
Anderson Tozato |
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Comércio alegou prejuízo. |
No Cemitério Municipal do Água Verde, missa celebrada pelo bispo auxiliar de Curitiba Dom Dirceu Vergini e pelo padre Reginaldo Manzotti contou com aproximadamente 2 mil pessoas. “A chuva atrapalha, mas o público sempre participa. É o sexto ano em que realizamos essa celebração. Além de rezar para os mortos, mostramos que, ao olhar para a morte, vemos como tudo é efêmero”, diz o padre Manzotti.
Ele explica ainda que comemorar o Dia de Finados é uma tradição bíblica em que a Igreja pede respeito ao corpo. O padre diz também que levar flores aos mortos é crer nos sinais da ressurreição de Cristo e que as velas simbolizam um brilho para as almas no purgatório.
Prejuízo
Os comerciantes que vendem flores e velas estimam prejuízo de 60% a 70%. A perda só não foi maior porque, no sábado, houve boa procura de flores e velas. Eles avaliaram que esse foi um dos piores Dia de Finados dos últimos anos.