Movimento em volta de faculdades é ruim no verão

As férias nas universidades e faculdades de Curitiba provocaram uma queda no movimento do comércio em volta das instituições. Nesta época do ano, estacionamentos e lojas precisam se desdobrar e criar alternativas para manter o faturamento. Dependendo da área onde estão localizados, os estabelecimentos perdem até 60% do movimento financeiro, de acordo com os próprios comerciantes.

?São quatro meses de muita dificuldade?, afirma Nilson Caetano Oliveira, gerente há 16 anos de um estacionamento próximo à Universidade Federal do Paraná (UFPR) na Praça Santos Andrade. Ele explica que todo o comércio da região perde com o término das aulas. ?É difícil, ainda mais que tenho IPTU para pagar e, como todos sabem, aqui no centro é muito caro?, reclama. Oliveira afirma que 70% do movimento do estacionamento se refere a professores e alunos da universidade e pessoas que vão a eventos no Teatro Guaíra. Quando as férias chegam, a solução é fazer promoções para atrair a clientela. ?A gente precisa negociar. O negócio é tudo?, diz.

Segundo o gerente, a UFPR tem intenção de transformar o prédio da Praça Santos Andrade em museu. ?Se isso acontecer, vai ser bom. O movimento será praticamente o mesmo?, acredita.

Os estacionamentos localizados perto da Reitoria da UFPR, na Rua Quinze de Novembro, também sofrem com a falta de movimento, mesmo com as promoções. À noite, por um período de 6 horas, são cobrados R$ 5,00. De acordo com o manobrista Marcos Aurélio dos Santos, a procura diminuiu em cerca de 30%. A esperança para ele é o início das formaturas, em janeiro. ?Com isso vai melhorar um pouco?, prevê.

Na Pontifícia Universidade Católica (PUC), o estacionamento é utilizado praticamente por alunos, professores e funcionários da instituição. No verão, ou período de férias, os pátios ficam quase desertos, mesmo com a possibilidade de carros não ligados à universidade estacionarem sem pagar nada.

O mesmo acontece com o comércio perto da PUC. A queda é muito brusca no movimento, pois os clientes são estudantes. Apesar das festas e recessos de fim de ano, a reportagem encontrou as lanchonetes e restaurantes fechados.

Ao redor das Faculdades Integradas Curitiba, no campus da Rua Chile, a situação é a mesma. ?Este período é meio morto?, revela Eleandro Dornelles, um dos proprietários de um restaurante ao lado da instituição. O movimento sem os alunos cai entre 30 e 40%. Mas durante o ano a previsão é de aumento na procura. ?A faculdade está ampliando o campus e 6 mil alunos vão estudar aqui?, explica.

Para atender essa clientela específica e aumentar o faturamento, Dornelles e os sócios já construíram um bar em cima do restaurante, apenas para estudantes. ?A idéia inicial era um happy-hour, mas com a abertura da faculdade, transformamos em um espaço para os alunos?, conta.

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