Motoristas “voam” em rua sem redutores no Boqueirão

Ao perguntar para um morador do Boqueirão o que chama mais a atenção no bairro, uma resposta é recorrente: a pavimentação. As ruas principais estão “em ordem”, mas muitas vias próximas alternam entre problemas com buracos ou falta de dispositivos redutores de velocidade.

O corretor de imóveis Leandro Heimoski, 36, que mora e trabalha no Boqueirão, convive com o problema diariamente. Enquanto roda pelo bairro com clientes ou à procura de imóveis para fazer negócios ele encontra muita “buraqueira”. “A cada três meses tenho que trocar a suspensão do carro”, conta. E o prejuízo não para por aí. Muitos clientes ficam desmotivados com as condições das ruas quando procuram por uma casa. “Desvaloriza o imóvel”, aponta.

O oposto acontece na Rua Carlos de Laet, onde as obras de melhoria na pavimentação terminaram há pouco mais de 15 dias e deixaram o asfalto como um tapete. Porém, faltam dispositivos para impedir que os motoristas continuem abusando da velocidade. “O pessoal ‘tá voando’ aqui. Pode acontecer alguma coisa”, se preocupa a empresária Ariane Benvenutti, 36, que tem uma lanchonete na esquina com a Rua Antônio Schiebel.

A placa da lombada continua na rua, mas depois da obra no asfalto, o redutor de velocidade não foi recolocado.  A situação fica ainda mais grave porque na rua se localiza uma escola de ensino fundamental, com constante movimento de crianças na redondeza. “Os motoristas não estão respeitando a preferencial. Tem que tomar muito cuidado”, alerta Soraia Parternak, 36, mãe de um aluno. Moradores contam que na semana passada um estudante quase foi atropelado e na manhã de ontem uma jovem se feriu no cruzamento quando foi atingida por uma moto.

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