Motoristas reclamam das condições de trafego da BR 116 no perímetro urbano em Curitiba. Segundo eles os principais problemas são buracos, recapeamento irregular e o desnível entre o asfalto e o acostamento. O Denit (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte) está aguardando a liberação de verbas por parte do governo para iniciar obras de reparo e manutenção, que deve ocorrer no próximo mês.
Valdir Benjamim, 29 anos, é caminhoneiro. Ela sempre usa a rodovia e reclama. “A situação está péssima. Tem camada sobre camada de asfalto de modo irregular. O caminhão bate muito”, fala. De acordo com ele todo mês o veículo apresenta algum problema ocasionado pela via. No início de junho trocou o pneu que estourou. Para Valdir a sinalização também é problema, falta as faixas de solo, deixando os motoristas confusos quando chove.
O caminhoneiro Ercílio Marques, 46 anos, acrescenta que o pior trecho, onde há mais buracos, é o próximo à Avenida Salgado Filho. “Não tem como desviar os buracos devido o grande movimento. Tem que passar dentro”, diz. Ercílio fala que com ele nunca aconteceu nenhum acidente mais sério, mas acha de pode acontecer.
Rafael Gustavo Nunes trabalha como reparador de telefones e a estrada é caminho diário. Também comenta sobre os buracos. “Se você desvia de um, cai em outro”. Ele que depende do carro para trabalhar afirma que os prejuízos são grandes. “Há 10 dias gastei R$ 400,00 para arrumar a suspensão do meu carro”. Para ele as medidas de reparo são urgentes.
Marco Antônio de Re, 28 anos, fala do risco de acidentes. “Num dia de chuva, um motorista pode não ver o buraco que está cheio de água e até capotar se não tiver experiência”, argumenta.
Segundo o Denit as verbas deveriam ter sido liberadas em abril, mas atrasaram devido a transferencia do DNER para o órgão atual, que ocorreu em maio. Neste período o movimento burocrático do departamento foi paralisado.
A conservação da via está sendo realizada somente com os recursos disponíveis e só estão sendo atendidos casos mais urgentes.
Entre julho e agosto o contorno sul vai ficar pronto e 50% do tráfego da BR será desviado do perímetro urbano. (Elizangela Wroniski)