Taxista, caminhoneiro, motorista de ônibus – todos são profissionais comuns no cotidiano da sociedade e também enfrentam um problema comum. A profissão de motorista ainda não é regulamentada no Brasil. A Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Paraná (Fetropar) vai encaminhar ao Congresso Nacional no próximo mês de agosto um anteprojeto de regulamentação da profissão.
Como explicou o presidente da Fetropar, Epitácio Antônio Santos, já existem propostas tramitando no Congresso, mas elas se referem de maneira específica a uma categoria de motorista. “Nossa proposta regulamenta a profissão de uma maneira geral. Vamos começar a apresentá-la a parlamentares paranaenses no próximo dia 17, quando inauguraremos nossa nova sede em Curitiba”, disse Santos. O presidente da federação afirmou que além de um salário melhor, a categoria tendo sua profissão regulamentada, poderá lutar por melhores condições no trânsito. “Morreram menos pessoas em toda guerra do Vietnã, do que morrem em acidentes de trânsito no Brasil durante um ano”, salientou Santos. Eles destacou que hoje no Brasil, para ser motorista profissional é necessário apenas ter a carteira de habilitação. “Queremos que tenham uma formação diferenciada”, explicou Santos, destacando a necessidade da criação de escolas gratuitas. “Na Bélgica, todos os motoristas profissionais passam por uma formação de no mínimo 200 horas numa escola especializada. No Brasil, conheço apenas a escola para motoristas de Concórdia (SC)”, explicou. “A regulamentação da profissão fará com que se possa criar um conselho da profissão de motorista, como existem conselhos responsáveis pelas mais diversas profissões”, concluiu Santos.
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