Motoristas que transitam diariamente pelo trecho da BR-116 entre Curitiba e Fazenda Rio Grande já perderam a paciência com os constantes engarrafamentos por causa das obras na rodovia. A intervenção prevê a duplicação do km 117,3 ao km 124,2 e teve início em outubro de 2011. “Quando isso vai acabar?”, questiona o taxista Manuel Ferreira de Lima, morador do bairro Campo de Santana.
O motorista usa o trecho da BR-116 diariamente para trabalhar nas ruas centrais de Curitiba. Ele conta que os congestionamentos são diários. “Não tem dia que o trânsito dá uma aliviada. Todo dia é esse tráfego intenso, que atrasa a vida dos moradores de Mandirituba, Fazenda Rio Grande, Campo de Santana e Tatuquara, que são obrigados a usar a rodovia. Além dos motoristas, tem o pessoal dos ônibus que também devem se atrasar para chegar ao trabalho”, reclama.
Complicações
Manuel também conta que além dos atrasos, os engarrafamentos também geram uma série de riscos a quem transita no local. “Não é raro ver motoristas irresponsáveis transitando pelo acostamento. Tem também os acidentes. Quase diariamente há engavetamentos, porque os carros aceleram quando podem e não veem quando o trânsito para de vez”, relata o taxista.
O pedreiro Dirceu Alves Ribeiro também é vítima dos engarrafamentos. Morador do Tatuquara, sofre com o trânsito pesado do local e afirma que já passou a agendar os compromissos mais tarde. “Sou obrigado a marcar com os meus clientes uma ou duas horas mais tarde do que costumo marcar. Agora só agendo pra depois das 9h30. E não adianta sair mais cedo de casa, pois o trânsito começa bem cedo. Tá complicado”, diz.
Conclusão no mês que vem
A Autopista Litoral Sul, empresa que detém a concessão desde Curitiba até a divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, afirma que a duplicação no trecho está em fase final. Segundo a concessionária, as obras devem terminar no mês que vem. No entanto, haverá atraso em dois retornos do trecho – no km 119 e no km 122. De acordo com empresa, a autorização para executar as obras dos retornos no mesmo nível com os semáforos ainda está sob análise na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).