Os moradores do bairro Estados, em Fazenda Rio Grande, estão sofrendo com o fluxo de caminhões nas ruas locais. Para desviar do posto de pesagem no quilômetro 129 da BR-116, muitos motoristas deixam a rodovia e transitam pela área residencial. O tráfego de veículos pesados está destruindo a pavimentação das vias e criando situação perigosa também para pedestres, pois não há calçadas na maior parte do bairro.
O péssimo estado das ruas já pode ser verificado logo no principal acesso ao bairro a partir da BR, na Rua Pernambuco, poucos metros antes da balança. Grandes buracos tomam conta da pista, obrigando os motoristas a fazer manobras perigosas para desviar. No local, a placa indica a proibição do tráfego de caminhões, mas, segundo moradores, não há fiscalização e muitos caminhoneiros ignoram a sinalização.
O conferente de cargas Euzébio Lima, que mora há oito anos no bairro, diz que o problema se tornou frequente desde que o posto de pesagem foi instalado naquele ponto da rodovia, no final de 2009. “É impressionante o número de caminhões que passa por aqui para desviar a balança. Inclusive aqueles bitrens, carregados com toras, que certamente estão acima do peso permitido e por isso fogem da fiscalização”, conta.
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| Euzébio:acima do peso. |
Perigo
Na esquina das ruas Pernambuco e Itajaí, na rota dos caminhões, já não há pavimentação. “Estava tão esburacado que arrancaram todo o asfalto e colocaram saibro. E não tem calçada, o que é um perigo, principalmente para as crianças, que precisam disputar espaço com os caminhões”, relata Euzébio, ressaltando que perto dali está a Escola Municipal Santa Cecília.
Revolta por perdas e abandono
O tráfego de carretas em vias inadequadas já deu prejuízo para dona de casa Rosa Maria dos Santos. Há cerca de um mês, um deles enroscou na fiação e derrubou o poste que sustenta os fios que levam energia elétrica para sua casa. “Fiquei uma semana sem luz e tive que gastar mais de R$ 600, pois parte do muro caiu também. Sem contar o susto”, recorda.
Para retornar à rodovia, os caminhões também passam pelas ruas Paraná e Mato Grosso, que estão esburacadas, com o pavimento afundando em alguns pontos. Duas linhas de ônibus (Santa Maria e Estados) passam por ali, tornando o trânsito ainda mais complicado.
O mecânico Elírio Soares dos Santos, que vive no bairro há 13 anos, diz que os moradores já fizeram até abaixo-assinado cobrando melhorias e fiscalização, mas nada foi feito. “Já chamei a Faztrans (secretaria de trânsito do município), mas eles não vêm. Estamos abandonados. O bairro cresceu muito nos últimos anos, mas a estrutura continuou a mesma. Não tem posto de saúde nem rede de esgoto”, afirma.
Os Caçadores de Notícias entraram em contato com a prefeitura de Fazenda Rio Grande, que prometeu enviar hoje uma resposta às reclamações dos moradores do bairro.
| Marco Charneski |
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| Manobras perigosas põem em risco vida de pedestres. |