Motoristas e cobradores de Curitiba e região rejeitaram a proposta de reajuste salarial feito pelas empresas de ônibus. O impasse, que impede a definição da nova tarifa do transporte coletivo, deve continuar pelo menos até a manhã de hoje, quando acontece nova rodada de negociações, em audiência na Justiça do Trabalho.

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A proposta apresentada pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), em audiência na sexta-feira, foi de 8,02% de reajuste sobre o salário, excluindo benefícios. A oferta foi rejeitada por cerca de 1.300 trabalhadores, presentes em três assembleias realizadas ontem, na Praça Rui Barbosa.

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) vai apresentar hoje a contraproposta: 10% de reajuste sobre os salários, 50% de aumento no vale-alimentação e abono de R$ 300. A oferta, sugerida pelo sindicato, enfrentou resistência de alguns trabalhadores, mas foi aprovada pela maioria dos presentes nas três assembleias de ontem.

Reivindicações

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Hoje, o salário mensal dos motoristas é de R$ 1.503, enquanto os cobradores recebem R$ 851,40. Eles também recebem vale-alimentação de R$ 200. A reivindicação original da categoria era de reajuste de 30% sobre os salários, 100% sobre o vale-refeição e abono de um salário mínimo. Inicialmente, as empresas ofereciam a reposição da inflação de 2012, calculada em 6,33%.

Segundo o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, a categoria não vai abrir mão da proposta aprovada nas assembleias de ontem. “Ainda vamos tentar chegar a 15% ou 20%. Esse índice de 10% é o mínimo aceitável. Se as empresas não concordarem nem com esse valor, acabou a negociação e é grande a possibilidade de greve”, avisa.

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O Setransp diz que só vai se manifestar sobre o assunto depois de encerradas as negociações na Justiça do Trabalho.

Veja na galeria de fotos os manifestantes.