Os protestos que tomaram conta de Curitiba no início deste ano começam a se reproduzir em Ponta Grossa. Na capital, o motivo inicial dos primeiros protestos foi a falta de pagamento de salário. Em Ponta Grossa, os motoristas e cobradores de ônibus se organizaram contra Projeto de Lei que pretende extinguir a profissão do cobrador na cidade. A proposta ficou conhecida como “Lei do Desemprego”, já que acarretará automaticamente em pelo menos 570 demissões de trabalhadores.

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Na manhã desta segunda-feira (30), motoristas e cobradores paralisaram totalmente o transporte coletivo da cidade durante uma hora. O protesto teve 100% de adesão da categoria. Segundo o secretário-geral da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar), Anderson Teixeira, os protestos devem continuar enquanto o projeto seguir tramitando dentro da Câmara. A possibilidade de greve não está descartada.

Teixeira lembra que em outras cidades onde a profissão do cobrador foi extinta não houve redução da tarifa do transporte coletivo. “A verdade é que os trabalhadores demitidos nunca são reincorporados na empresa ou no mercado de trabalho, pois não há uma requalificação efetiva, e no final sobra para o motorista fazer o trabalho de cobrador também. Em Curitiba nós acabamos com a dupla função depois de muito esforço, as outras cidades do Paraná devem cuidar para não retroceder em direitos aos trabalhadores”, afirma o secretário-geral.

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