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Motoristas e cobradores de Curitiba e região ameaçam entrar em greve

Motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana ameaçam entrar em greve nos próximos dias para protestar contra a cobrança de multas por parte da Urbanização de Curitiba (Urbs). Segundo o sindicato da categoria, a Urbs desarquivou cerca de R$ 2 milhões em multas antigas. Nesta terça-feira (17), os trabalhadores da Viação Redentor e da Viação Sorriso aprovaram a greve caso a Prefeitura não mude de ideia. Na quarta-feira (18) serão realizadas mais duas assembleias: na Viação São José e na Viação Glória.

De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), a Urbs desrespeitou um acordo negociado em 2011 com os trabalhadores e desarquivou multas daquele ano e de 2012. Essas infrações, conforme o sindicato, seriam indevidas, originadas na fiscalização do transporte coletivo, como o “não uso de uniforme”, “não contenção de invasões em massa do tubo em dias de jogos de futebol”, e uma multa de R$ 500 contra um cobrador que foi ao banheiro.

Em negociação, o então prefeito Luciano Ducci, segundo o Sindimoc, revogou a possibilidade das empresas repassarem a empregados as multas e previu a substituição do pagamento por medidas saneadoras para corrigir as supostas falhas operacionais.

Outro lado

O presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs) Roberto Gregorio, disse que ficou surpreso com a ameaça de greve dos motoristas e cobradores de ônibus. De acordo com Gregorio, as multas são aplicadas contra as concessionárias do transporte coletivo e não contra os trabalhadores. “Várias dessas multas envolvem questões como falta de limpeza, problema de elevadores, problemas em letreiros, equipamentos com danos, nada a ver com o trabalho dos motoristas”, explicou o presidente da Urbs.

Ainda segundo Gregorio, as informações repassadas pelo sindicato dos trabalhadores não são verdadeiras. “Alguns têm falado que as multas foram desarquivadas, não é isso. Implantamos um sistema de auditoria e controladoria e descobrimos que tinham multas que não foram pagas”, complementou.

A Urbs informou que nenhuma sanção financeira foi aplicada ainda e que o órgão está fornecendo dados para as empresas sobre as cobranças. Gregorio enfatizou que se a paralisação dos motoristas e cobradores realmente ocorrer, as empresas serão autuadas e multadas, conforme ocorreu em outras greves.

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