Motoristas criticam ação de agentes

Muitos motoristas que circulam pelas ruas de Curitiba, principalmente pelas áreas centrais da cidade, se queixam da rigidez e do abuso de autoridade manifestado por algumas agentes do Diretran responsáveis pela verificação da folha de EstaR em veículos parados em locais de estacionamento regulamentado.

“Agressivas” e “pouco maleáveis” ? assim o supervisor de vendas Agnaldo Correa Santos define muitas delas. Ele conta que, em situações de emergência, já estacionou o carro por menos de dez minutos em ruas de EstaR, “em frente a uma farmácia, apenas para embarque e desembarque de passageiros”, e teve que tirar o carro do local para não ser multado.

“Eu estava parado a apenas alguns minutos, pois sei que há um limite de tolerância. Estava dentro do carro e com o pisca-alerta ligado. Tentei explicar minha situação e lembrar à agente sobre o período de tolerância, mas não teve conversa. Fui tratado muito mal”, cita.

Sem conversa

Já o corretor de seguros Giuliano Patrick Rasera não concordou, há alguns anos, com uma multa que lhe foi aplicada e conta que também não conseguiu conversar com a agente. Ele diz que se atrasou em um compromisso e, segundo o relógio utilizado pela funcionária do Diretran, passou cinco minutos do horário marcado no cartão. Tentou argumentar, mas foi multado.

Giuliano questiona a rispidez da agente e a falta de limite de tolerância. “Não sei como elas são orientadas a trabalhar, mas acho que deveria haver maior maleabilidade. Até hoje não concordo com a multa que levei”, declara.

O taxista José dos Santos considera que as agentes deveriam ser orientadas não apenas a multar, mas a educar os motoristas e avaliar os casos com os quais se deparam. “Uma vez, uma agente me censurou porque eu estava com o carro um pouquinho fora da faixa de estacionamento. Ela não foi rude, eu me corrigi e achei que estava tudo certo. Para minha surpresa, alguns dias depois recebi uma multa em casa. Ela me multou e nem me avisou.”

Diretran

O Diretran, através de sua assessoria de imprensa, informa que as agentes são orientadas a controlar o estacionamento regulamentado conforme as exigências do Código de Trânsito Brasileiro. Se houver desrespeito às normas, elas devem e vão notificar o motorista.

Ainda segundo o órgão, as agentes usam relógios com horário oficial de Brasília, não podendo permitir tolerância quando o motorista se atrasa e passa do horário marcado no cartão de Estar. Em frente a farmácias, pode-se ficar até quinze minutos sem EstaR, com o pisca-alerta ligado. As agentes são orientadas a controlar esse tempo.

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