O motorista do caminhão-tanque que provocou o acidente na região da Serra do Mar na tarde desse domingo (3) deve responder pelo crime de homicídio doloso, com dolo eventual – quando se assume o risco de matar. Em depoimento à Polícia Civil, o caminhoneiro, de 43 anos, admitiu que o painel do veículo apontou uma falha nos freios e mesmo assim ele decidiu seguir viagem.
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Um inquérito já foi aberto para apurar os fatos e, por enquanto, o homem segue detido na Delegacia de Morretes, no Litoral, sem previsão de soltura. Em nota, a Polícia Civil esclarece que o caminhoneiro foi submetido a exames de sangue no Instituto Médico-Legal (IML) que vão indicar a presença ou não de substâncias químicas no sangue dele.
Ao todo, quatro pessoas morreram e 13 ficaram feridas, sendo três em estado gravíssimo, duas em estado grave e oito com escoriações. Os sobreviventes foram todos socorridos e um bebê de apenas 45 dias, encontrado às margens da rodovia, foi encaminhado ao Hospital Evangélico, em Curitiba.
A criança – uma menina – apresentava queimaduras superficiais nos cílios e não corre risco de morrer. A Polícia ainda apura se ela foi realmente ejetada de um veículo durante o desastre, conforme relataram algumas testemunhas.
O motorista do caminhão foi autuado em flagrante e, até então, responderia por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Mas o próprio depoimento dele mudou a situação.
Ele vinha de São Paulo para entregar uma carga de 44 mil litros de etanol no Porto de Paranaguá. Na descida da Serra, no entanto, ele teria perdido o controle da carreta, bateu na mureta de proteção que separa as pistas, invadiu a pista contrária e bateu em outros 12 veículos.
O acidente
O caminhão-tanque seguia sentido Paranaguá, perdeu os freios e tombou no quilômetro 33 da BR-277, perto de Morretes, no Litoral do Paraná, por volta das 18h30 deste domingo (3). A carga explodiu e, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), três pessoas morreram.