Não é incomum encontrar pelas ruas de Curitiba motociclistas transportando dois ou até mais botijões de gás de cozinha em apenas uma moto. Porém, segundo o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) do Paraná, quando a moto não possui acoplamentos laterais – os chamados sidecar -, um único botijão pode ser carregado, devendo ser fixado na garupa.

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De acordo com o relações públicas do BPTran, cabo Wanderley Chaves, quando a norma é desrespeitada, o motociclista fica sujeito a multa. Já a motocicleta que faz o transporte deve ser registrada na categoria aluguel e ter placa de cor vermelha.

A carga transportada nunca deve ultrapassar a largura do veículo, motivo pelo qual os botijões de gás, assim como garrafões de água e outros produtos, devem ser fixados na parte traseira.

“Geralmente, os motociclistas transportam os botijões por percursos curtos e levam mais de um numa única viagem para ganhar tempo. É muito difícil um botijão de gás explodir. Porém, o transporte incorreto pode gerar riscos à segurança dos próprios motociclistas, transeuntes e demais motoristas”, diz Wanderley.

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O principal perigo é que os botijões presos de forma errônea à moto contribuam com o desequilíbrio do condutor. “Quando isso acontece, o motociclista pode cair e se machucar e a carga pode se desprender da moto, atingindo um transeunte ou mesmo outro veículo. Isto é bastante perigoso”, comenta.

Urbs

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As informações passadas pelo BPTran são confirmadas pela assessoria de imprensa da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs). Em cumprimento a uma determinação federal que exige que os motofretistas tenham autorização municipal para atuar, a Urbs vem realizando cadastramento dos profissionais.

“A partir do final deste ano, o motofretista que não estiver cadastrado na Urbs será considerado infrator. Com o cadastramento, a Urbs terá maior controle da atividade na cidade.”

Os cadastramentos são realizados das 9h às 17h, no bloco estadual da rodoviária de Curitiba – Avenida Affonso Camargo, 330, no Jardim Botânico. Quem se cadastra precisa fazer um curso específico, oferecido pelo Serviço Social do Transporte/Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat), posteriormente recebendo uma carteirinha de motofretista.

Até outubro, os primeiros 6 mil motociclistas que procurarem a Urbs irão realizar o curso de forma gratuita. Posteriormente, será cobrado um valor de R$ 47. Segundo a Urbs, o cadastramento também permite que o motofretista possa se candidatar ao FAT-Motofrete, uma linha de crédito de R$ 100 milhões para financiamento de motocicletas, anunciada recentemente pelo governo federal.

A resolução que define as regras do financiamento, que terá recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), estabelece o cadastramento do motofretista como critério básico para a concessão do empréstimo.