Motociclistas dizem que vão viajar mais com a isenção do pedágio

O motoboy Nelson Rosa Júnior trabalha com a sua motocicleta só em Curitiba, mas aguarda a chegada do verão e a isenção para poder passar as festas de final de ano no litoral do Estado. ?Deixava de usar a moto na estrada por causa do pedágio, agora vou aproveitar?, disse. Ele contou que muitos de seus colegas fazem entregas em outras cidades do Estado. ?Acredito que eles devam se beneficiar bastante com a isenção do pagamento do pedágio?, comentou.

Marcos Moreira de Paula, também motoboy, já fez as contas. Eram R$ 12 para ir e voltar do litoral paranaense e nem R$ 10 em combustível. ?Geralmente viajo em alguns finais de semana para a praia e gasto mais em pedágio que em combustível. Com a isenção vou poder viajar mais?, planejou.

Lazer

Os amigos e motociclistas Luiz Cezar Lovato, Felipe Vinícius Costa e Rossini Gusso, apesar de viajar apenas a passeio nas rodovias paranaenses, concordam que a isenção do pedágio para os veículos é justa. ?A motocicleta quase não estraga a rodovia e o fluxo, comparando com o de carros e caminhões é mínimo?, opinou Lovato, que chega a viajar quase semanalmente para o litoral, durante a temporada.

O motociclista admite que pode aumentar o número de viagens mais longas, em que pesa mais no orçamento custos como o do combustível e outros gastos.

Gusso argumentou que, além do pouco fluxo, uma motocicleta pesa em média menos de 200 quilos. ?Se comparar com o peso dos caminhões, é ainda mais insignificante. A tarifa já é absurdamente cara para eles e para os carros. Para as motos, então, o pagamento é injusto?, comparou.

Costa admite que acharia justo pagar pedágio se o valor também o fosse. Hoje, ele conta que viaja apenas duas vezes por ano para o litoral paranaense e na maior parte do ano utiliza rodovias federais ainda não concedidas como a BR-116 para ir a São Paulo, seu Estado de origem. ?Deixo de fazer algumas viagens pelo alto custo?, lamentou.

Comparação

Os três lembraram ainda que, em São Paulo e no Rio Grande do Sul, a maioria das concessionárias que administram os trechos de rodovias pedagiadas não cobram tarifas de motocicletas.

Lovato e Costa, que já tiveram a experiência de viajar em rodovias privatizadas nesses Estados aprovam a experiência não apenas pela economia, mas principalmente, pela qualidade. ?A qualidade das rodovias e dos serviços em São Paulo e no Rio Grande do Sul é incomparável?, comentou Lovato.

?Sou paulista e já andei muito pela Castelo Branco (de Osasco até Boituva, passando por duas ou três praças de cobrança em 300 quilômetros), por exemplo. Tem muito mais pistas, bom asfalto e a qualidade é bem melhor?, avaliou Costa.

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