Aliocha Maurício / GPP |
O Contran vai exigir o uso de elementos refletivos de segurança nas partes traseiras e laterais do capacete. |
Recentemente, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou a Resolução 203, que traz novas condições de segurança aos motoqueiros. A medida entra em vigor somente em maio de 2007. No entanto, o fato de ser obrigatório ?o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro); o capacete ter elementos refletivos de segurança, nas partes traseiras e laterais, e viseira, de padrão cristal para a noite, ou óculos de proteção? não agrada muito. Principalmente quando se fala em multa de mais de R$ 190 e até recolhimento da carteira de habilitação.
Pelas ruas de Curitiba é quase impossível encontrar capacetes que tenham todos esses itens. Pelo contrário. O que se vê são capacetes sem qualquer destaque e alguns até sem certificado de qualidade. No capacete do motoboy Gilberto Santos ainda não há faixas refletivas. No entanto, ele diz que para o próximo ano vai providenciar. ?Se as medidas foram para a nossa proteção tudo é válido?, diz ele.
O motoboy Marcelo Peixoto diz que estava mesmo querendo colocar os destaques no capacete que usa. Ele também concorda que as medidas são importantes para a segurança, mas discorda do caráter obrigatório e das penas para a falta. ?A multa não induz ninguém ao uso. Pelo contrário, o que é proibido é sempre o mais praticado?, afirma.
O coronel Irineu Oziris Cunha, comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) de Curitiba, explica que a Resolução 203 visa apenas garantir mais segurança aos próprios motociclistas. ?Esses elementos exigidos são absolutamente imprescindíveis. O pára-choque da moto pode-se considerar que seja a cabeça do motoqueiro. Temos fotos horripilantes de acidentes envolvendo esses condutores, o que preocupa os agentes de trânsito?, afirma. Segundo ele, não que a medida vá reduzir os acidentes, mas certamente vai proporcionar que o motoqueiro esteja mais protegido.