O adesivo “Moto é tão segura que nem precisa de cinto de segurança” no capacete de Paulo Roberto de Lima, 22 anos, indicou o contrário do que aconteceu com o motociclista. Ele morreu ao colidir com um caminhão na Avenida das Indústrias, Parque Industrial, em Fazenda Rio Grande, pouco antes das 7h de ontem.
O jovem, que trabalhava como auxiliar de produção, voltava do trabalho para casa em sua Honda Bros, na direção do bairro Eucaliptos. Ao se aproximar de um cruzamento, o motorista do caminhão Ford Cargo placa AFH-8852, carregado com embalagens de plástico, que seguia na pista contrária, virou à esquerda, fechando a frente do motociclista. Paulo atingiu em cheio a lateral do caminhão. O motorista tentou prestar socorro à vítima, mas, mesmo com o capacete, o impacto foi muito forte e o piloto morreu na hora.
Motos
Diferente do que diz o adesivo de Paulo, especialistas dizem que o risco de um motociclista morrer é 14 vezes maior que um ocupante de automóvel. “A lei exige que o motociclista use somente capacete, mas sabemos que para evitar lesões mais graves e até mesmo mortes, joelheiras, cotoveleiras, luvas e roupas mais resistentes ajudam muito o motociclista”, afirmou o tenente-coronel Loemir Mattos de Souza, comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito do Paraná (BPTran).
Também contribuem para os acidentes a imprudência e a falta de atenção dos condutores, além do excesso de velocidade. De acordo com o Mapa da Violência 2011, realizado pelo Instituto Sangari, o número de motociclistas mortos em acidentes, no Brasil, aumentou em 754% de 1998 a 2008.