Motoboys e PMs causam confusão no centro da capital

Um protesto de motoboys, ontem, na esquina das avenidas Marechal Floriano Peixoto e Marechal Deodoro, em Curitiba, quase acabou em confusão. O grupo se reuniu no local por volta do meio-dia e dali partiu para a sede do governo do Estado, com o objetivo de entregar um manifesto com reivindicações. O princípio de tumulto ocorreu, segundo os motoboys, quando a Polícia Militar (PM) se recusou a fazer a escolta deles até o local desejado. O cruzamento chegou a ficar fechado por alguns minutos, provocando congestionamentos.

Apesar do atrito, a assessoria de imprensa da PM informou que a presença dos policiais foi apenas para garantir a fluidez do trânsito, preservar a ordem e que nenhum incidente mais grave foi registrado.

De acordo com Marcelino Gonzaga Cardoso, organizador do protesto, a manifestação ocorreu por vários motivos. Um deles seria a ganância das empresas que atuam no setor. ?Hoje entra um motoqueiro novo e eles mandam o cara correr, correr que vai arrumar um contrato bom. As empresas estão sugando demais e o nosso sindicato não está nos representando?, disse. Para ele, a solução está na união da categoria. ?Queremos ajuda do governo ou de quem for para montar cooperativas e nos organizarmos para trabalhar melhor?, explicou. Outra razão para o protesto são as mudanças na legislação que rege a categoria. ?Eu não vejo benefício para os motoboys nas novas regras. Só vejo gasto?, concluiu.

Sobre a confusão com a PM, Marcelino afirmou que houve violência desnecessária por parte de um policial. ?Ele disse que ia fazer a escolta e eu virei para organizar o pessoal. Quando olhei de novo, tinha um motoboy algemado no chão. Aí o sangue ferve?, contou.

Sindicato

Segundo Tito Mori, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Condutores de Veículos, Motonetas e Similares de Curitiba e Região Metropolitana (Sintramoto), a manifestação de ontem não teve a chancela da entidade. De acordo com ele, a atuação do sindicato na fiscalização das empresas é feita de forma satisfatória e em conjunto com os órgãos competentes. ?Se eles precisam de ajuda para formar cooperativas, venham aqui que nós damos assistência. Mas o verdadeiro motivo da revolta desses motoboys é a incerteza nas mudanças da legislação. Mesmo com a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), ninguém sabe ao certo o que vai acontecer e quanto vai custar?, concluiu.

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