Boa parte da história da Maçonaria no Paraná estará exposta até o dia 5 de setembro na Biblioteca Pública do Paraná, em Curitiba. O proprietário do acervo, adquirido em 16 anos de trabalho, Hiran Luiz Zoccoli, destacou que na exposição está presente apenas uma parte do material, composto em sua maioria por fotos e objetos pertencentes a autoridades maçônicas. Zaccoli revelou que sua intenção é construir o Museu Maçônico Paranaense, mesmo nome da exposição.
O maçon destacou que um dos objetivos da mostra é desmistificar a ordem, que segundo ele, é um a sociedade filosófica e filantrópica que procura aperfeiçoar e desenvolver o ser e a sociedade. “Não há ligação alguma com coisas más, como pensam alguns. Para entrar na Maçonaria é necessário acreditar num ser superior, que para nós é chamado de Grande Arquiteto do Universo”, contou.
Zoccoli disse que já tem escritas cerca de 2,5 mil páginas contando a história da Maçonaria no Paraná até 1973. Ela começou em 1837 com a fundação da Loja (como os maçons chamam seu templo) União Paranaguaense. “A história vai só até 1973 pois lá aconteceu uma divisão da Maçonaria. E também porque livros sobre esse período mais recente já foram escritos”, revelou, destacando que pessoas importantes da sociedade paranaense como Petit Carneiro, Afonso Camargo, Trajano Reis e Antonio Couto Pereira fizeram parte da ordem.
Sesquicentenário
O pesquisador destacou que a exposição também faz parte das comemorações do sesquicentenário da emancipação política do Estado. “O Estado do Paraná foi instalado em 19 de dezembro, mas o imperador Dom Pedro II assinou a lei 704 que elevou o Paraná a Estado em 29 de agosto de 1853”, contou Zoccoli.
As pessoas que tiverem material para contribuir com o acervo do maçon podem entrar em contato com ele pelo telefone (41)256-6491.