Curitiba sedia, a partir de hoje, uma exposição que recupera a memória dos anos em que o Brasil esteve submetido à ditadura militar. ?Direito à memória e à verdade – A ditadura no Brasil: 1964 a 1985? traz cerca de 180 fotografias que retratam o momento histórico.
?A mostra retrata com pouco texto e muita foto um momento que o País não pode tirar da memória?, comentou ontem o ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi. Ele esteve ontem em Curitiba para abrir a exposição, que vai até o próximo dia 24 de junho, no Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal.
Vanucchi defendeu que ?os países que se recusam a reconhecer seus erros estão condenados a repeti-los?. Por isso, explicou, a intenção da exposição não é remexer em feridas do passado político do Brasil ou dar enfoque revanchista, mas sim mostrar aos mais jovens a história. ?As feridas do passado ajudam a compreender a importância das conquistas históricas e das transformações que temos hoje?, afirmou.
A mostra traz diversos fatos marcantes da ditadura militar, como a praça do Congresso Nacional tomada por tanques de guerra, as prisões no congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Ibiúna e o culto ecumênico realizado na Catedral da Sé pela morte do jornalista Vladimir Herzog, entre outros.