Mostra em Curitiba tem bicicletas raras

Entusiastas, curiosos e colecionadores de bicicletas têm uma boa opção neste fim de semana, no primeiro Encontro Nacional de Bicicletas Antigas, que acontece até hoje, no ginásio de esportes do Três Marias Clube de Campo, em Curitiba. No evento, aberto ao público, estão expostas bicicletas fabricadas há no mínimo 20 anos, nacionais e importadas, todas em perfeitas condições. Boa parte delas está só exposta, mas algumas estão à venda. Há, também, espaço para venda e troca de peças raras.

O organizador do encontro, Marcelo Afornali, conta que as bicicletas à venda custam de R$ 600 a R$ 5 mil. “Os colecionadores trouxeram seu acervo, e alguns estão vendendo”, diz. Grande parte das magrelas expostas são da coleção própria do organizador. Afornali mantém o site www.bicicletasantigas.com.br, que recebe cerca de 1,2 mil visitas diárias de curiosos e colecionadores de todo o País interessados em itens à venda ou em trocar informações.

Um deles é o professor aposentado Luciano D’Angelo, que mora em Campos dos Goytacazes (RJ) e veio a Curitiba exclusivamente para o evento. Ele coleciona apenas bicicletas da marca Phillips, fabricadas na Inglaterra. Atualmente tem sete delas. Mas não trouxe nenhuma para o encontro, e pretende levar daqui um par de pneus cujo modelo, segundo ele, é muito difícil de ser encontrado.

D’Angelo conta que não costumava pedalar, mas depois de sofrer um enfarte, há alguns anos, começou a fazer exercícios por recomendação médica. Lembrou, então, de uma bicicleta que era de seu irmão, mas que precisava de reforma. Ao procurar peças em oficinas, descobriu a relíquia que tinha em mãos. “Quando comecei a pesquisar na internet, vi que tinha um mundo inteiro de pessoas que se interessavam pelo assunto”, diz.

Outro colecionador presente no evento, o despachante Aramis Secundino, pela primeira vez levou duas das 17 bicicletas de seu acervo para vender. “Não sou vendedor, mas tenho um limite de espaço. Se a gente não se controlar, fica sem ter onde pôr”, comenta. Entre as suas relíquias, Secundino destaca uma Hirondelle Retro-Directes, francesa, e uma AGB, alemã.

O organizador Afornali aponta como sua maior relíquia – e destaque do encontro – uma bicicleta da marca Dürkopp, modelo Diana, fabricada na Áustria em 1902. Ele conta que teve trabalho para trazê-la ao País. Doada por um alemão, ao chegar no Brasil a bicicleta ficou cerca de seis meses apreendida na alfândega e quase foi descartada pela Receita Federal.

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