Morte repentina da arquiteta ainda gera dúvida

Até o fim do mês deve ficar pronto o laudo sobre a causa da morte da arquiteta Marilu Leonardelli Guavaski. A suspeita inicial era de picada de aranha marrom. Mas o delegado que cuida do caso, Armando Braga de Moraes Neto, afirma que até agora as investigações apontaram que não foi o veneno da aranha que provocou a infecção generalizada, levando a arquiteta a morte. Além disto, os médicos que atenderam Marilu teriam tomados todos os procedimentos necessários de acordo com o quadro clínico apresentado pela paciente.

Há duas semanas o Instituto Médico Legal (IML) enviou para São Paulo amostras de tecidos para a realização de exames complementares e, agora, o IML aguarda o estudo para divulgar os resultados. Para a família de Marilu houve negligência no atendimento e ela teria morrido por picada de aranha marrom. Mas segundo o delegado não é o que indicam as investigações realizadas até o momento. Ele comenta que Marillu foi atendida pela primeira vez no Hospital Cajuru onde apresentava vômito, febre e uma íngua na perna. Passou por vários exames, mas nada foi constatado. Foi encaminhada para acompanhamento médico em uma unidade de saúde.

Um dia depois ela procurou o posto de saúde Ouvidor Pardinho. Continuava com febre e enjôo, tinha dor de cabeça e uma mancha avermelhada, endurecida e sensível na perna. O médico disse que poderia se tratar de um furúnculo ou alguma infecção de origem ginecológica. Mas a última hipótese foi descartada porque ela disse que fez o exame ginecológico no Cajuru. A recomendação era para que quando o abcesso fizesse menção de drenar ela voltasse ao médico. Marilu foi medicada e voltou para casa.

O delegado comenta que a família da arquiteta teria dito que um dia depois da consulta Marilu apresentava vermelhidão pelo corpo e já tinha dificuldades para urinar. Mas os sintomas não foram constatados quando ela foi atendida na Unidade de Saúde do Boa Vista. Quando chegou lá, o abcesso já havia estourado e tinha uma mancha vermelha no lugar. A família teria dito apenas que deveria ser picada de aranha marrom. A médica anotou as informações mas não confirmou a picada. Marilu tomou soro e ficou em observação. Como melhorou foi para casa com a recomendação de voltar dali a dois dias. O delegado chegou a fazer uma acareação entre as duas partes para saber se a família comentou no posto sobre a vermelhidão e a dificuldade para urinar, mas tanto o a médica como a família ficaram firmes em suas posições.

À noite, naquele mesmo dia, a arquiteta piorou e a família procurou a Unidade de Saúde do Campo Comprido. O abcesso estava necrosado e ela estava em choque. Foi então encaminhada em estado grave para o Hospital Evangélico onde morreu de infecção generalizada. Para o delegado, não houve negligência no atendimento e todos os procedimentos necessários foram tomados de acordo com o quadro clínico de Marilu. Mas a solução definitiva do caso só vai ficar pronta quando o laudo da morte for divulgado.

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