Morte de menina provoca protesto em ruas da CIC

Para protestar contra a morte por atropelamento da menina Viviane Maria Teixeira, na sexta-feira, moradores da Cidade Industrial de Curitiba fecharam durante toda a manhã de ontem o cruzamento das ruas Algacy Munhoz Mader e Desembargador Cid Campêlo. Os manifestantes queimaram pneus e fizeram buracos no asfalto. O objetivo era chamar a atenção da Prefeitura para que fosse instalado um redutor de velocidade nas proximidades do cruzamento.

No final da tarde da última sexta-feira, Viviane Maria Teixeira, 11 anos, foi atropelada no local e, cerca de cinco horas depois morreu no hospital do Trabalhador. O comerciante Joel Berbeki diz que diariamente acontecem acidentes no cruzamento. Viviane, que há algum tempo já havia sido atropelada e teve ferimentos leves, não foi a primeira vítima fatal. “Há cerca de quatro meses, o Diretran se comprometeu com a população a instalar uma lombada ou qualquer outro tipo de redutor de velocidade perto do cruzamento. Porém, até agora, não cumpriu com a promessa. Se algo não for feito imediatamente, outras pessoas vão continuar morrendo, pois os carros passam em alta velocidade pelo local.”

Uma das grandes preocupações dos manifestantes é com as crianças que diariamente precisam passar pelo cruzamento para chegar ao Colégio Estadual Arlindo Carvalho de Amorim, que possui 1.580 alunos. O diretor do colégio, Sérgio Gomes, participou da manifestação. “Viviane era nossa aluna e não foi a primeira a ser atropelada. As crianças vão para a escola e os pais ficam em casa nervosos, temerosos de que alguma coisa ruim possa acontecer a elas ao passarem pelo cruzamento. No colégio, os professores também se preocupam e já estão cansados de ouvir reclamações”, disse.

No último dia 21 de fevereiro, o marido da dona de casa Maria Pedrelina da Silva foi atropelado no cruzamento e hoje não pode se levantar da cama. Ele estava esperando para atravessar uma das vias quando um carro, também em alta velocidade, o atingiu em cima do canteiro. “É muito triste ter um familiar doente em casa devido a um acidente que poderia ter sido evitado. Não quero que ninguém mais sofra o que eu e mãe de Viviane estamos sofrendo. Não podemos esperar que novos acidentes ocorram. Algo deve ser feito o mais rápido possível”, afirmou Maria.

O motorista que atropelou Viviane fugiu e ainda não foi localizado pela polícia. O Estado não conseguiu entrar em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal.

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