A chuva forte cessou e todas as famílias que tiveram que ficar abrigadas no Colégio Estadual Rocha Pombo já puderam retornar às suas casas. Porém, a situação ainda é crítica em Morretes, no litoral do Estado. Agora que a água da enchente baixou, integrantes da Defesa Civil estão percorrendo as áreas atingidas e fazendo um levantamento dos danos sociais, ambientais, viários e estruturais para que os prejuízos possam ser contabilizados.
Segundo o diretor de operações especiais da Defesa Civil, Eduardo Figueiredo Mercado, as áreas agrícolas foram as mais afetadas. Duas estradas rurais, a da Fartura, que liga o bairro de mesmo nome ao centro de Morretes, e a Anhaia, que liga a comunidade de Rodeio ao município, estão interditadas. “A água fez com que se abrissem valetas no meio das pistas, impedindo a passagem dos veículos”, diz Eduardo Mercado. “Estamos estudando formas de resolver o problema o mais rapidamente possível. Esperamos contar com o apoio do DER, que deve nos emprestar algumas máquinas e caminhões.” Também na área rural, diversas plantações, principalmente de mandioca e gengibre, foram prejudicadas. Muitos agricultores tiveram perda total.
Nos catorze bairros alagados, os moradores trabalham pesado para tirar a terra de dentro das casas e tentar salvar móveis, roupas, colchões, eletrodomésticos e outros utilitários. Técnicos da Secretaria Municipal da Saúde estão percorrendo os locais e orientando os moradores na limpeza e desinfecção de suas casas. “As pessoas também estão recebendo informações sobre leptospirose e outras doenças que podem ser causadas pela água”, conta o diretor. “Elas estão aprendendo como se prevenir dos males, sobre sintomas e sobre como agir se alguém se sentir mal.”
Integrantes da Secretaria Municipal da Ação Social estão indo de casa em casa para verificar quais as necessidades mais urgentes das vítimas da chuva. Muitas precisam de alimentos, móveis, roupas, colchões e cobertores. A prefeitura aguarda doações da comunidade a serem repassadas às famílias atingidas.