Fábio Alexandre
Vinícius foi sepultado ontem no Jardim da Saudade I.

Mais uma vítima da explosão na Imcopa – Importação, Exportação e Indústria de Óleos Ltda., em Araucária, morreu no Hospital Evangélico. Vinícius Vieira, 20 anos, não resistiu às queimaduras em 90% do corpo e morreu na noite de terça-feira. Ele era funcionário da Sincroniza, uma empresa terceirizada. O acidente aconteceu há oito dias.

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A primeira vítima fatal foi Armindo Ferrari, 63, que morreu no local. Um dia depois, Douglas Souza, 19, não resistiu aos ferimentos e também perdeu a vida. O diretor clínico do Hospital Evangélico, Flamariom Batista, afirmou que o quadro de Vinícius era muito grave. Ele tinha queimaduras de 2.º e 3.º graus em mais de 90% do corpo. ?Já era esperado, diante da complicação do quadro. A morte foi conseqüência dos ferimentos, das queimaduras?, informou.

Vieira foi velado e enterrado ontem, no Cemitério Jardim da Saudade I, em Curitiba. No sepultamento, a avó, Ivã Hass, que cuidava de Vinícius desde os 4 anos, comentou que a empresa, em todos os momentos, prestou apoio incondicional. ?No hospital nos trataram muito bem, com toda assistência. E a empresa está custeando todo o sepultamento?, comenta.

Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, o funcionário Onivaldo Barros continua internado. ?A situação dele também é delicada. Ele tem queimaduras em uma área extensa, mais de 60% do corpo. Onivaldo também corre risco de morte?, informa o médico.

Investigação

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O delegado Agenor Salgado, da Polícia Civil de Araucária, é o responsável pelo inquérito. Segundo ele, até agora cinco testemunhas foram ouvidas, entre funcionários e parentes das dez vítimas. ?Acho que vamos chegar a ouvir 30 testemunhas. Inicialmente havíamos somado 20, mas provavelmente precisaremos de mais. Queremos saber alguns detalhes que ainda continuam obscuros?, afirma.

Entre as averiguações necessárias, Salgado falou sobre o trabalho de solda que teria sido feito no tanque de álcool de soja que explodiu. ?Queremos saber se foi mesmo feito, quem fazia este trabalho e quem determinou que o mesmo fosse feito?, comenta. Outra informação que o delegado diz que precisa ser verificada é sobre um possível vazamento no tanque, antes do trabalho de solda. ?Tudo isso e também onde estava cada funcionário, inclusive os terceirizados, no local, precisamos levantar. Só teremos uma conclusão no final do inquérito. Tentarei entregar no prazo, em 30 dias?, promete.

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