Morre segunda vítima do desabamento em Londrina

Faleceu ontem, no Hospital Universitário de Londrina (HU), a segunda vítima da queda da marquise de um anfiteatro da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no último domingo. Amanda Lucas Gimeno, de 22 anos, teve morte encefálica decretada às 16h30. A bacharel em Biologia pela Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, sofreu traumatismo craniano e respirava com ajuda de aparelhos. A família autorizou a doação de órgãos. Ela será sepultada em Itirapina, no interior de São Paulo.

A queda da laje da entrada do anfiteatro do Centro de Estudos Sociais Aplicados, da UEL – com cerca de 37 metros quadrados -, aconteceu no final da tarde do último domingo, quando um grande número de pessoas fazia a inscrição para o XXVI Congresso Brasileiro de Zoologia. O incidente vitimou na hora o estudante João César Eugênio de Boscoli Rios – que também era estudante da USP de Ribeirão Preto -, e deixou outras 22 pessoas feridas.

Seis vítimas ainda continuam internadas, sendo quatro no HU e Santa Casa de Londrina. Na quarta-feira, Carolina Rettondini Laurini – que teve fratura exposta no pé direito -, foi transferida para o HU de Ribeirão Preto. Ontem, a estudante da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Nicole Veiga Sydney – que teve politraumatismo e fratura da bacia – seria transferida para o hospital Cajuru, em Curitiba.

Investigação

As causas do incidente ainda continuam sendo investigadas. Uma das hipóteses que ganhou força para explicar o desmoronamento da marquise foi o acúmulo de água na laje. Isso teria provocado infiltrações e danos na estrutura. A polícia técnica pretendia retirar ontem os destroços da marquise do pátio da universidade. Mas como choveu durante todo o dia, a remoção foi cancelada.

O perito-chefe-adjunto do Instituto de Criminalística de Londrina, Luis Noboro Marukawa, explicou que o material será retirado com a ajuda de um guindaste e só será demolido após a separação de amostras da laje, que serão encaminhadas para análises em laboratórios. A intenção é verificar a resistência do material empregado. A fundação do prédio também será investigada.

Além da polícia, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) e a própria universidade também vão apurar as causas do incidente. A Comissão de Sindicância Administrativa, instaurada pela UEL espera divulgar um laudo sobre o fato antes de 15 dias.

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