Morre o jornalista e advogado Ilson Almeida

O jornalismo paranaense está de luto. Morreu na madrugada de ontem, de enfarto no miocárdio, o jornalista e advogado Ilson Estevão de Almeida. Ele tinha 70 anos e trabalhava há mais de 40 anos na Editora O Estado do Paraná.

Ilson Almeida, como era mais conhecido, dedicou boa parte de sua vida à profissão de jornalista. Em O Estado, ele foi editor de Economia, criador e editor do caderno de Turismo, editorialista e diretor de redação. Na Tribuna do Paraná atuou em diversas editorias. Almeida trabalhou um período também no Correio Braziliense, de Brasília, além de exercer diversas outras atividades em outras áreas.

Todavia, sua paixão sempre foi o jornalismo. Nem mesmo a advocacia, outra função que exercia com orgulho, tinha como competir com sua verdadeira vocação. Um de seus maiores ?xodós? dentro de O Estado foi o caderno de Turismo. Criado inicialmente para ser apenas uma edição sobre Foz do Iguaçu, o jornalista acabou tomando gosto pela editoria e seguiu adiante com a idéia, que deu tão certo que Almeida acabou sendo premiado em sete oportunidades pela Comunidade Européia. Durante esse período, ele ganhou prestígio e amigos pelo mundo, que costumavam sempre estar em contato com o jornalista.

Ilson Almeida ficou à frente do caderno até o ano 2000, quando enfrentou problemas com insuficiência renal e precisou passar por um transplante de rim. Após se recuperar, ele voltou a comandar o caderno até se aposentar, em 2002.

A partir de 2003, ele iniciou uma coluna sobre artes plásticas no portal de notícias Paraná-Online, que também pertence a Editora O Estado do Paraná. Almeida, que era aficionado por artes, costumava dizer que a coluna no site era sua grande alegria na terceira idade. No final do ano passado, ele precisou parar de escrever a coluna por conta de problemas de saúde.

Para o jornalista Mussa José Assis, que trabalhou por mais de 40 anos com Ilson Almeida em O Estado, ele era um exemplo a ser seguido. ?Ilson Almeida foi um dos mais importantes jornalistas do Paraná nos últimos 50 anos. Ele possuía uma sólida formação cultural e era multieclético. Mesmo com os seus problemas de saúde, nunca deixou de fazer o seu trabalho. Antes de falecer, ele deixou um editorial pronto. Aliás, seus editoriais eram excelentes graças a sua inteligência e cultura. É uma grande perda para o jornalismo paranaense?, afirma.

Ilson Almeida era casado com Sônia Regina Hofman e possuía duas filhas de seu casamento anterior, com Marlene de Almeida.

Confira a última coluna de Ilson Almeida, onde ele se despede dos leitores, ainda com a esperança de um dia voltar a escrever:

Aviso aos leitores: Interrupção da coluna por tempo indeterminado

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