Os dez anos de luta e esperança da menina Laura Bertoni Zanchettin tiveram fim na noite desta terça-feira. Ela seguia de avião para o Instituto do Coração (Incor) de São Paulo, onde colocaria um ventrículo artificial, quando o coração parou de bater.
Laura estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Pequeno Príncipe (HPP), de Curitiba, desde junho, aguardando por um transplante de coração. A família iniciou uma campanha pela doação de órgãos e promoveu uma passeata no último sábado.
“No primeiro ano de vida ela sofreu um processo inflamatório do coração, depois de uma infecção viral. Isso fez com que o órgão dilatasse, crescesse e ficasse mais fraco, gerando um quadro de insuficiência cardíaca”, explica Renato Torres, chefe da UTI Cardiológica do HPP.
Em São Paulo, Laura colocaria o ventrículo artificial para manter-se viva por mais tempo. Ela viajaria às 15h30 de terça-feira em um voo fretado. O transporte foi adiado para as 20h, mas Laura passou mal.
Ela foi colocada dentro do avião às 22h30, e voltou a se sentir mal pouco antes de chegar a São Paulo. O coração fraco parou de bater, e mesmo com todos os trabalhos de reanimação, Laura não resistiu. O velório de Laura será no Salão Paroquial de Quatro Barras.
