O diretor-presidente da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), jornalista Francisco Cunha Pereira Filho faleceu, vítima de parada cardiorespiratória, nesta quarta-feira (18), às 23h55, em sua residência.
Natural de Curitiba, nasceu no dia 7 de dezembro de 1926. Formou-se em direito no ano de 1949; lecionou na UFPR; militou na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e presidiu o Institulo dos Advogados do Paraná. Em 1962, se tornou diretor do jornal Gazeta do Povo e, posteriormente, da TV Paranaense.
“Francisco Cunha Pereira Filho foi um paranaense dos mais ilustres. Ferrenho lutador e defensor de nobres demandas do nosso Estado, usando papel e tinta como armas. Um especial amigo, que deixa seu nome gravado com tipologia garrafal na história do nosso povo”, afirmou o ex-governador e empresário Paulo Cruz Pimentel, presidente do Grupo Paulo Pimentel (GPP), em declaração ao portal Paraná-Online.
Francisco Cunha Pereira Filho estava com 82 anos e deixou esposa e quatro filhos. O velório será realizado no salão principal da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Uma missa será realizada no local às 16h e o enterro acontecerá ainda nesta quinta-feira (19), no Cemitério Municipal, às 18h.
Trajetória
Em 1965, Francisco Cunha Pereira Filho adquiriu a TV Paranaense, que em 1976 tornou-se afiliada da Rede Globo. No final da décadade 70, e ao longo das décadas de 80 e 90, Francisco Cunha Pereira Filho e seu sócio Edmundo Lemanski adquiriram a TV Cultura, de Maringá; a TV Coroados, de Londrina; a TV Imagem, de Paranavaí; a TV Cataratas, de Foz do Iguaçu; a TV Esplanada, de Ponta Grossa; a TV Oeste, de Cascavel; e a TV Guairacá, de Guarapuava.
Em 2000, o grupo passa a se chamar RPC (Rede Paranaense de Comunicação), agregando as oito afiliadas da Globo, os jornais Gazeta do Povo e Jornal de Londrina, o Portal RPC e as rádios MundoLivre e 98 FM.
Em toda sua história de advogado e comunicador, Francisco Cunha Pereira Filho se dedicou à luta pelas causas do Paraná. Ele foi responsável por uma série de campanhas que marcam para sempre a história do Estado.
Entre as bandeiras que levantou estavam o direito de o Paraná receber os royalties de Itaipu, como compensação pela perda de áreas férteis inundadas pelo lago da usina hidrelétrica, e a campanha contra a criação do Estado do Iguaçu, que dividiria o Paraná.