Há meses, um grupo de moradores das Vilas Nova e Vergínia, localizadas próximas à BR-277, em São José dos Pinhais, reivindicam a construção de uma passarela no quilômetro 69 porque não têm segurança para atravessar a rodovia a pé. Em novembro do ano passado, um menino de três anos morreu atropelado no local quando atravessava a pista acompanhado da avó. Alguns meses antes, um idoso também foi atropelado. Os moradores contam que todos os dias sofrem para atravessar, já que precisam ir ao trabalho e à escolas que se localizam do outro lado da BR-277. Para cruzar a pista em segurança, eles teriam que andar cerca de cinco quilômetros para utilizar outra passarela.
A prima do garoto de três anos, Daniele Cristina da Silva, disse que cansou de tentar atravessar a BR-277 em segurança. Ela mora na Vila Nova, que fica do lado direito da rodovia no sentido litoral. ?Eu tenho dois filhos, não posso ficar arriscando. Agora eu só pego ônibus do outro lado da Vila. Mas tem gente que precisa atravessar. Queremos a passarela para que outras crianças não percam a vida aqui?, disse. O líder de produção João Pietrovski mora na Vila Vergínia, localizada do lado esquerdo da pista. Sua esposa, Tereza Pietrovski, tem que atravessar a rodovia todos os dias para levar o filho de seis anos à creche, que fica na Vila Vergínia. ?É um absurdo, não passa um ano sem morrer alguém atropelado?, reclamou. Além da passarela, os moradores também querem que haja mais placas de sinalização na região.
Os moradores consideram um descaso o fato da Ecovia – concessionária que administra o trecho da BR-277 que liga Curitiba ao litoral – não tomar providências com relação à passarela. João Pietrovski disse que os funcionários da empresa afirmaram que vão ?ensinar os moradores a atravessar a pista?.
A Ecovia informou, por meio de assessoria de imprensa, que o pedido dos moradores está tramitando no Departamento de Estradas e Rodagem (DER). Entretanto, a concessionária também informou que levantamentos técnicos realizados no local deram conta de que não há necessidade da construção de uma passarela porque o maior movimento de moradores ocorre por conta dos pontos de ônibus. Ainda segundo a Ecovia, a proposta mais viável seria a ?retirada desses pontos de ônibus, transferindo a linha para uma via marginal dentro do bairro?.