Moradores da Rua Desembargador Manoel de Lacerda Pinto, no conjunto habitacional Solar, localizado no Bacacheri, zona norte de Curitiba, denunciam um problema que enfrentam há mais de 27 anos e que ainda continua sem perspectiva de solulação. A Rua Desembargador Manoel, mais conhecida como “Rua do Rio”, é cortada pelo Rio Bacacheri. “O rio, nos últimos anos, transformou-se em um verdadeiro esgoto a céu aberto. Dia e noite, incessantemente, o esgoto é despejado na água”, comenta o empresário Marcos Aurélio Feijó, que possui casa na rua desde 1976.
O esgoto e também o lixo que se acumula no rio atraem para o lugar ratos, baratas e insetos, além de causarem mau cheiro. “Em dias de sol forte, o cheiro é insuportável e invade todos os ambientes”, afirma o aposentado Paulo Roberto Kania, que mora há dois anos no Bacacheri. “Devido ao lixo que se acumula, já cheguei a encontrar ratos e baratas dentro de minha casa.”
Outro problema apontado é o desmoronamento das margens do rio. O aposentado Julio Ishikawa, que também vive na rua desde 1976, conta que, quando chove, ocorrem desmoronamentos que já estão cada vez mais próximos do asfalto da rua. “A cada ano que passa, a largura do rio vai aumentando”, afirma. “Antigamente, as margens eram repletas de árvores. Devido aos desmoronamentos, muitas delas já não existem mais.”
Os moradores contam que diversas vezes já entraram em contato com a Prefeitura pedindo uma solução. “Quando reclamamos, o pessoal da Prefeitura vem até a rua, roça as margens do rio e recolhe um pouco do lixo, porém ninguém nos dá uma solução definitiva para os problemas”, reclama Marcos Aurélio. A solução apontada pelos habitantes da rua seria a limpeza completa do leito do rio e a colocação de paredões de concreto, como os já existentes perto de pontes ao longo de toda a margem para evitar novos desmoronamentos.
Prefeitura
O diretor do Departamento de Obras e Saneamento da Secretaria Municipal de Obras Públicas, Gilmar Rolloff, revela que, em 1996 já foram realizadas obras ao longo do Rio Bacacheri para minimizar o processo de erosão. “Atualmente, existem desmoronamentos muito pequenos, em pontos isolados”, diz. A colocação de paredões de concreto, segundo ele, são inviáveis e desnecessários. No que diz respeito à limpeza do rio, Gilmar revela que limpezas são realizadas de seis em seis meses.
