Moradores pagam, mas asfaltamento não começa

Os moradores do Jardim Roma, em Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba, estão revoltados com o descaso da Prefeitura Municipal em relação ao bairro. A maioria já terminou de pagar, há seis meses, as parcelas referentes ao asfaltamento das ruas. Os moradores firmaram um acordo com o governo municipal para dividir as despesas da obra, que até agora não foi iniciada. Cada casa pagou, em média, R$ 1 mil pelo asfalto.

Além disso, a população do bairro pede uma providência quanto às constantes enchentes. Nos dias de chuva forte, é inevitável que a água invada as casas e leve prejuízos aos moradores. Eles também reivindicam a construção de uma infra-estrutura para acabar com esses problemas.

De acordo com Angela Salim Valdez, uma das moradoras, a base para o asfalto, em algumas ruas, já havia sido feita em julho do ano passado. Mas os funcionários da empresa contratada pela prefeitura não apareceram para concluir o trabalho. Com as chuvas, a rua voltou a ter enormes buracos e a dificultar a vida dos moradores. As outras vias do local estão em situação ainda pior. O esgoto e a água criam irregularidades no terreno. “Por acaso isso aqui é uma rua?”, questiona Angela.

Os moradores contam que um dos exemplos do problema é a passagem do caminhão que recolhe o lixo. O veículo não consegue passar nas ruas, principalmente em dias de chuva. As pessoas recolhem o lixo e levam para as ruas onde o caminhão consegue trafegar. Quando não dá para fazer isso, os sacos são deixados nos terrenos baldios, criando mais sujeira. Também há o acúmulo de água parada nos buracos das ruas. “As crianças passam por aqui e podem pegar doenças. Nós mesmos também podemos ser afetados”, comenta Angela.

Outra situação é quanto aos carros, que não conseguem subir as ruas, independentemente do tempo. “Quando está chovendo, o carro atola por causa da lama. Quando o tempo está bom, o carro derrapa devido às pedras que eles colocaram”, afirma Angela. Vários moradores decidiram vender os veículos, pois os prejuízos com as quebras de peças eram constantes. O morador Esmir Soares dos Santos tem uma casa na Rua Mandirituba e explica que os funcionários da Prefeitura, quando aparecem no local, dizem que a solução é vender o carro. “Eu acabei vendendo porque cansei dessa situação. Todo dia era uma dificuldade”, comenta.

Com esses problemas, os moradores se sentem ilhados e com medo de maiores prejuízos. “Alguns estão abandonando as casas por esses motivos”, conta Angela. “Não é justo a gente ter que sair daqui. Eu, por exemplo, moro há 23 anos aqui, desde criança”, revela.

Prefeitura

Os moradores contam que já entraram em contato com a Prefeitura de Almirante Tamandaré, mas não conseguem uma solução. “A Prefeitura empurra para a empresa e vice-versa”, conta Angela. A reportagem de O Estado procurou o responsável pelo caso, mas os telefones da Prefeitura não foram atendidos durante todo o dia.

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