Moradores da Comunidade São José Operário, no bairro Umbará, identificaram uma série de problemas que enfrentam na própria região. O pessoal tem se reunido com frequência para lidar com as demandas, que vão desde falta de asfalto em algumas vias até a oferta de apenas uma linha de ônibus, que tem uma tabela de horários que não atende às necessidades de quem mora por ali. O trabalho vem sendo feito com auxílio da Rede de Desenvolvimento Local instalada na comunidade, por meio de um projeto do Serviço Social da Indústria (Sesi).

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Um dos problemas identificados foi a falta de calçada na Rua Ângelo Gai. A via é estreita, de duas mãos, e não conta com calçadas em diversos trechos. “Corre-se o risco de ser atropelado ali”, alerta a moradora Ivanir de Fátima Veiga. Quando há espaço, os moradores conseguem desviar dos veículos. Mas em uma parte da rua, com bosques dos dois lados da via, fica impossível tentar desviar. O jeito é contar com a colaboração do motorista. Para piorar, muitos caminhões pesados transitam nesta rua.

Allan Costa Pinto
Falta calçada em vários trechos da Rua Ângelo Gai.

Estes mesmos veículos pesados causam um outro problema para os moradores. Parte da Rua Ângelo Gabardo Parolin e da própria Rua Ângelo Gai não possuem asfalto. O pó levanta com frequência, deixando sujeira e prejudicando o dia a dia de quem mora nesta região. “Existe saída daqui para a BR-116. Parte da rua tem asfalto porque há barracões e empresas. É um trecho relativamente pequeno sem asfalto, mas que causa problema”, explica Júlio Cezar de Moraes, agente de desenvolvimento local que tem trabalhado com a comunidade.

Existe muita reclamação sobre o ônibus do transporte coletivo que atende a Comunidade São José Operário. “É apenas uma linha, a Luiz Nichele, que tem o ponto final aqui. Nos dias de semana, ele passa de hora em hora. Mas nos finais de semana é mais espaçado ainda. A gente fica nesta dependência do horário e cria dificuldade”, comenta Neusa de Lima, que mora na região há 38 anos.

Allan Costa Pinto
Espera pelo ônibus que atende a região gera reclamação.
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A comunidade tem se reunido com o agente de desenvolvimento local a cada 30 dias na Igreja São José Operário para tratar das demandas dos moradores. Uma carta foi formulada com as reivindicações dos moradores e encaminhada para a Regional Bairro Novo, que cuida da administração desta região.

Não há previsão pra asfalto

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A Prefeitura de Curitiba, por meio da assessoria de imprensa, informou que no momento não há planejamento de pavimentação de ruas nesta região. Sobre a falta de calçadas na Rua Ângelo Gai, a administração municipal alerta que a responsabilidade pela instalação é do proprietário do imóvel. A Urbs, que administra o sistema do transporte coletivo em Curitiba, alegou que a região onde está a Comunidade São José Operário tem uma baixa densidade população. Mas se comprometeu, de qualquer maneira, a fazer um estudo sobre o que pode ser feito para tentar melhorar o atendimento para a população local.

Allan Costa Pinto
Júlio Cezar: trecho sem asfalto causa problema.
Allan Costa Pinto
Via estreita recebe tráfego pesado.