Foto: Lucimar do Carmo/O Estado

 Obras no colégio estão inacabadas. Pais estão revoltados.

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A população do bairro Tatuquara, em Curitiba, está preocupada com a situação do Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay, localizado na Rua Francisco Xavier de Oliveira. Ontem pela manhã, estudantes, pais e professores realizaram um novo protesto nas proximidades da escola, para reivindicar a retomada das obras de reforma e ampliação da mesma.

Em abril deste ano, parte da estrutura do colégio foi demolida, resultando na transferência provisória de cerca de mil alunos para duas escolas municipais mais afastadas. Atualmente, no Beatriz Faria, permanecem apenas seis turmas de 5.ª série do ensino fundamental, compostas por cerca de 240 estudantes. ?Inicialmente estava previsto que as obras de reforma fossem concluídas no final do ano. Porém, elas ainda nem tiveram início?, comenta o diretor do colégio, Manoel Pereira.

Como os convênios estabelecidos com as escolas municipais devem acabar no final do ano, os pais dos alunos que foram transferidos temem que seus filhos não tenham onde assistir aulas a partir de 2006. ?Outro problema diz respeito à segurança das crianças no caminho para as escolas municipais. A Beatriz Faria é a única estadual existente no Tatuquara e muitas crianças precisam caminhar por um longo período de tempo para chegar aos outros estabelecimentos. Quem foi transferido para a municipal Leonel Brizola, no Jardim da Ordem, por exemplo, teme a grande quantidade de assaltos?, comenta a dona de casa Maria Helena Gonzales D?Avila, que tem uma neta na quarta série.

Segundo a servente Maria Eliane da Silva, que tem um filho no 2.º ano do ensino médio, quem vai para a Leonel Brizola precisa passar por uma área de matagal considerada bastante perigosa. ?Os assaltos estão acontecendo todas as semanas. Meu filho já foi vítima de duas tentativas. Graças a Deus ele foi socorrido por outras pessoas que estavam indo em direção à escola?, diz.

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A filha de 14 anos da profissional autônoma Ruth Silva Fontoura foi assaltada a mão armada na última sexta-feira. A menina estava na companhia de dois amigos. ?Levaram apenas os tênis das crianças, mas minha filha chegou em casa chorando e bastante assustada?.

Secretaria e Fundepar

A Secretaria de Estado da Educação e o Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná (Fundepar) informaram que a previsão inicial era de que as obras fossem concluídas em dezembro. Porém, houve problemas com uma das empresas licitadas para realizar os serviços, o que acabou gerando atrasos. Dependendo de acordos futuros, a expectativa é de que as salas de aula fiquem prontas em março e a parte administrativa no final do mês de junho.

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