Os moradores do bairro Barreirinha, em Curitiba, reivindicam a instalação de semáforos, implantação de ciclovias e o alargamento da Avenida Anita Garibadi, que corta o bairro. Segundo o presidente da Associação de Moradores, Olivério Bento Ribeiro, em horários de pico é praticamente impossível atravessar a rua, sendo comum a ocorrência de acidentes. Amanhã eles entregarão um abaixo-assinado à Prefeitura pedindo providências.
Em dezembro do ano passado, os moradores fizeram o pedido, no entanto a resposta – em março deste ano – foi negativa. A Prefeitura alega que o movimento nas ruas transversais não é significativo para justificar os semáforos. Mas a opinião dos moradores é diferente. Segundo Olivério, o número de pessoas e carros que circulam no local causa uma série de congestionamentos em horários de pico. “O cruzamento da Anita Garibaldi com a Rua Carmelita Cavassin virou um ponto de tortura para os motoristas e pedestres. Alguns querem atravessá-la, outros entrar na via, mas ninguém consegue”, explica.
Leoni Fátima Oliveira Machado trabalha perto do cruzamento e conta que já presenciou uma série de acidentes. “A gente está aqui trabalhando tranqüila e de repente é surpreendida por uma freada brusca. A preocupação é constante”, fala. Izaíra dos Santos, 48 anos, estava ontem andando pelo bairro, pedindo assinaturas. Ela se preocupa com a segurança dos netos que usam a via para ir à escola. “Levo e busco todos os dias. Sozinhos, não dá para deixar”, observa. Os moradores esperam conseguir 1.500 assinaturas. Até ontem, 1.200 já tinham sido colhidas.
Segundo o padre da Paróquia da Barreirinha, Leocádio Zytkowski, a avenida foi construída há 30 anos e o trafégo se tornou intenso, exigindo melhorias. Ele comenta que a avenida é utilizada por quem vai para Almirante Tamandaré, Colombo e outros bairros de Curitiba como o Santa Cândida. “Eles deram esta resposta porque não sabem como realmente é o tráfego aqui”, ressalta. Os moradores também querem o alargamento da avenida, implantação de ciclovias, outro semáforo na Avenida Anita Garibaldi com Edgar Távora, e mais duas lombadas na Rua Carmelita Cavassin.
Novo estudo
Segundo o engenheiro Maurício Razera, da Urbs/Diretran, os semáforos não foram instalados porque as ruas transversais à Anita Garibaldi não apresentam o fluxo de veículos mínimo necessário. Mas eles devem fazer um novo estudo em horários de pico para verificar que tipo de sinalização pode ser feita para minimizar o problema. Já os redutores de velocidade não podem ser implantados na Carmelita porque a via é em aclive e o pavimento não apresenta condições ideais. As determinações são do Contran (Conselho Nacional de Trânsito).