Moradores de São José contestam valor de lotes

Moradores do bairro Jardim Alegria, em São José dos Pinhais, fizeram uma manifestação ontem, para cobrar da Prefeitura esclarecimentos sobre a venda de lotes na região. A área é uma ocupação irregular, invadida há 13 anos.

O terreno foi comprado pela Prefeitura, que formou os lotes e está vendendo para os moradores do bairro, a fim de regularizar a situação da área.

No entanto, os moradores querem uma audiência pública para obter informações detalhadas sobre as vendas.

Jaqueline Teixeira Soares, moradora do Jardim Alegria, conta que as famílias do bairro estão indignadas com os altos valores cobrados pelos lotes, vendidos a partir de R$ 12,50 o metro quadrado.

No lote mais caro, o metro quadrado custaria R$ 32. "Queremos pagar pelos lotes, mas também queremos saber de onde vieram preços tão altos. Isso é um absurdo. Queremos regularizar a situação, mas com esses preços não dá. A grande maioria é família de baixa renda", afirma.

Os manifestantes argumentam que a administração municipal comprou o terreno, de 296 mil metros quadrados, por R$ 2,82 o metro quadrado.

Os moradores protocolaram, no dia 23 de novembro, um pedido de audiência pública para discutir a questão. No entanto, não obteram respostas.

"Nem a Prefeitura nem a Companhia de Habitação deram retorno. Viemos para cobrar isso. Ainda não sabemos qual é a posição destes dois órgãos em relação aos nossos pedidos", comenta Jaqueline. A manifestação começou no terminal de transportes na Praça 8 de Janeiro, onde está localizado o marco zero da cidade, e terminou em frente à sede da Prefeitura. Cinco mil pessoas moram no Jardim Alegria, e a área de ocupação foi dividida em 982 lotes, de acordo com os manifestantes.

Sem lucro

O diretor de empreendimentos habitacionais da Secretaria Municipal de Habitação, Vanderlei Simão de Souza, explica que a Prefeitura está propondo pagamentos entre R$ 25 e R$ 70 por mês, em financiamentos de até 15 anos, pelos lotes no Jardim Alegria.

"A Prefeitura não está tendo lucro com isso. É somente o repasse do investimento feito na compra do terreno. Cerca de 650 famílias já assinaram a compra", revela. Segundo Souza, o departamento jurídico do órgão está estudando a data para a realização do encontro com os moradores, no início do ano que vem. 

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