Moradores de uma das áreas ocupadas de Curitiba também protestaram na manhã desta quarta-feira (29), no Centro Cívico, mas em frente à prefeitura.  Os cerca de 500 manifestantes, do grupo Movimento Popular Por Moradia (MPM), fazem parte da ocupação Tiradentes, na Cidade Industrial, e pediam por uma reunião com o prefeito Gustavo Fruet para que fosse dado inicio ao processo de regularização do terreno ocupado.

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O terreno, de 145 mil metros quadrados, foi ocupado na noite da sexta-feira (17) e pertence a uma empresa falida. Eles entraram no local porque buscam casa própria e fugir do aluguel abusivo cobrado atualmente. A ocupação, intitulada como “Tiradentes”, por causa do feriado, fica no final da Estrada Velha do Barigui, na Rua dos Palmenses, próximo a outras duas ocupações do MPM, chamadas “29 de Março” e “Nova Primavera”.

Os ocupantes dizem que não vão sair do local e que pretendem negociar, junto à prefeitura de Curitiba, a compra do terreno com a Caixa Econômica Federal. Entre as famílias, a expectativa para que o terreno seja negociado é unânime.

A Cohab, através da assessoria de imprensa, informou que o terreno é particular e que o atendimento habitacional do município segue critérios vinculados ao governo federal. De acordo com os representantes do MPM, nem todos os ocupantes do acampamento estão na fila da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab). Apesar disso, a grande maioria, conforme informou Chrysantho Figueiredo, um dos organizadores da ocupação, recebe benefícios de programas do governo federal e estaria apta a pleitear moradia popular.

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A intenção dos manifestantes que ocupam a área é comprar o terreno. Por se tratar de uma área particular, é necessário que o proprietário seja localizado para descobrir se há possibilidade de acordo ou não. Os ocupantes afirmam que não vão sair do local. “Há um pedido de reintegração de posse, mas que foi feito por uma empresa de aterro saniátio que, até onde sabemos, não é dona do terreno”, explicou Chrysanto. Advogados contratados pelos ocupantes já estudam o que pode ser feito.

Ainda de acordo com Chrysantho, os manifestantes foram recebidos por uma equipe da prefeitura de Curitiba, que os fez algumas promessas. “Nos disseram que vamos receber, entre a próxima semana ou a outra, a visita do prefeito. Também ficou para ser marcada uma reunião para começarmos as discussões sobre o terreno”, explicou. 

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