Na noite desta quarta-feira (12), indignados com a morte de Eduardo Oliveira, 9 anos, que teve 90% do corpo queimado num incêndio na casa onde morava com a família na invasão Torres, ao lado da Vila Portelinha, Santa Quitéria, os moradores fizeram um protesto. Revoltados com a situação que enfrentam nas duas áreas de invasão, mais de 200 moradores fecharam a Rua Rezala Simão para pedir resposta da prefeitura de Curitiba e da Cohab.
Para Odilon Marques, os moradores não fazem questão de continuar morando no bairro, mas de ter moradia digna, não importa em qual região da capital. “Todos nós trabalhamos e só ficamos onde estamos porque não temos condições de sair daqui sem a ajuda da Prefeitura. Mesmo assim, nosso maior sonho é que nos deem atenção”, disse.
Nas duas invasões vivem aproximadamente 180 famílias. No local onde vivia Eduardo, os moradores estão com mandado de reintegração de posse em julgamento. “Não conseguimos entender por que nos viram as costas”, reclamou Odilon, que disse também que os moradores não estão se recusando a pagar a casa da Cohab, muito menos luz e água. “Queremos nosso direito”.