Foto: Chuniti Kawamura |
Em menos de cinco anos, é a décima manifestação realizada pela comunidade do bairro. continua após a publicidade |
Os moradores do bairro Barreirinha, em Curitiba, promoveram ontem o décimo protesto, em menos de cinco anos, pedindo melhorias no trânsito da região. Na semana passada, uma aluna do Colégio Estadual Maria Pereira Martins foi atropelada ao sair da escola. Os moradores sugerem uma via alternativa para resolver o problema.
De acordo com o presidente da Associação de Moradores da Barreirinha, Olivério Bento Ribeiro, um dos grandes pontos de estrangulamento do trânsito acontece no cruzamento da Rua Carmelina Cavassim com a Avenida Anita Garibaldi. ?Esse é um ponto importante do bairro, onde existem três escolas, igreja e o posto de saúde?, falou. Além disso, por essas vias também passa boa parte do trânsito que segue de Colombo e Almirante Tamandaré em direção a Curitiba.
A diretora do Colégio Estadual Maria Pereira Martins, Iara Colodel, comenta que nos horários de entrada e saída das aulas o fluxo de veículos é muito grande, o que coloca em risco a vida dos alunos. O padre Leocádio Zytkowski disse que a comunidade está cansada de promessas e quer uma solução definitiva para o bairro. Segundo ele, a nova explicação que a Prefeitura tem dado para não resolver os problemas do bairro é o corte de verbas por parte do governo do Estado. ?Nós não temos nada a ver com problemas ideológicos e políticos. A população não pode pagar com a vida por essa situação?, falou.
Segundo a assessoria da Prefeitura de Curitiba, o projeto de revitalização da Anita Garibaldi existe, mas está parado por falta de verbas. Isso ocorreu porque o governo do Estado vetou o repasse de recursos – na ordem de R$ 12 milhões – do Fundo de Desenvolvimento Urbano, que seria empregado nessa obra e em outras na cidade, que somariam sete quilômetros.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado Desenvolvimento Urbano (Sedu) confirmou o bloqueio dos recursos porque a Prefeitura estaria inadimplente com uma dívida de mais de R$ 253 milhões com o governo do Estado. Segundo a Sedu, essa dívida envolveria órgãos extintos, como Banestado e Badep.