Já no primeiro fim de semana com tráfego liberado no viaduto estaiado, a obra recebeu visitas com ar de atração turística. O trânsito era tímido, com cara de domingo, mas muitos aproveitaram o sol para conhecer a estrutura.
Uns elogiaram o aspecto monumental que o mastro central e os 21 estaios conferem ao viaduto, outros criticaram a demora para o fim da construção (que ainda não está completamente acabada), e o alto investimento de R$ 84 milhões. A obra começou em 2012 e o tráfego liberado sábado à tarde, pelo prefeito Gustavo Fruet, sem cerimônia de inauguração.
“Poderia ter sido mais rápido e mais barato. Esperaram para entregar perto da Copa por causa da publicidade do evento. Além disso, acho que não ficou bonito, se comparado a outras obras desse tipo”, disse o analista Cesar Augusto Lombardo, morador do Guabirotuba.
Elogio
“Ficou bom esteticamente e vai facilitar o trânsito. Mas o nosso dinheiro poderia ter sido investido em outras prioridades”, argumentou o técnico em enfermagem João Luiz de Souza, que pedalava a bicicleta com a filha. Morador há quarenta anos da Avenida Coronel Francisco H. dos Santos, que agora passa por cima da Avenida Comendador Franco (Av. das Torres), Tadeu Julkoski, 91 anos, relembrou o tempo em que a rua era de terra e havia bosques de eucalipto. “Confesso que preferia quando o clima era mais calmo por aqui, mas a obra é bonita”, comentou.
O corretor de imóveis Pedro Lima, que mora a uma quadra do viaduto, é um entusiasta do progresso. “Ainda faltam alguns ajustes, mas o tráfego está melhor e os imóveis valorizaram”. Entre a família Mulek, que fazia fotos do viaduto, a opinião era a mesma. “Com o tempo, todos os contras serão superados”, resumiu a psicóloga Vânia, que passeava com o marido, o filho e nora.