O comerciante Ali Abdali Mansour, escolhido pela comunidade pra presidir o conselho, diz que a iniciativa surgiu devido ao aumento da violência da região. “Moro aqui há 30 anos e a situação está piorando muito. A segurança é quase nula. Não há mais viaturas circulando nem policiais”, reclama.
O estopim para a criação do Conseg foram os constantes assaltos a residências. “Só na Rua Angelo Delarmi foram 14 assaltos nos últimos anos. Por isso buscamos um meio legal e seguro para a sociedade se organizar para se prevenir e exigir os seus direitos”, diz Mansour.
A ideia do grupo é trabalhar em conjunto com a Polícia Militar e a Guarda Municipal, além de reivindicar junto ao poder público melhorias na área da segurança. “Queremos aproximar a polícia da comunidade. Os comandantes que ficam nos quartéis não conhecem nossos problemas. A violência está crescendo muito e a polícia, diminuindo”, avalia Mansour.
O grupo estuda inclusive a contratação de seguranças particulares para auxiliar na vigilância do bairro. “Na Rua Rachid Fatuch, depois de muitos assaltos, os moradores se reuniram e contrataram uma empresa de segurança, com monitoramento 24 horas. Desde então, os assaltos acabaram. Estamos estudando a viabilidade de implantar isso em todo o bairro”, afirma o presidente do Conseg.
Mansour conta que, antes disso, o grupo tenta viabilizar a implantação de um módulo da PM na Rua Antônio Escorsin. “Já consegui convencer uma farmácia de ceder um imóvel. Agora, estamos esperando uma confirmação da Secretaria da Segurança”.
Marco Andre Lima |
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Moradores da Rachid Fatuch contrataram segurança privada. |