Transporte

Moradores bloqueiam a Rodovia da Uva

Depois de mais de dois anos à espera do funcionamento do terminal da Roça Grande, a população de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) decidiu protestar.

Por volta das 15h30 de ontem, dezenas de moradores atearam fogo em pneus para bloquear as duas pistas da Rodovia da Uva, deixando o trânsito complicado inclusive no bairro Santa Cândida, na capital.

Ciciro Back
Terminal está abandonado.

O funcionamento do terminal estaria sendo protelado por conta da falta de entendimento entre a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) e a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec).

De acordo com a Urbs, a integração do terminal estaria condicionada a um repasse que pode variar de R$ 250 mil a R$ 400 mil. Segundo o órgão, a indicação da fonte desse valor deveria partir da própria Comec.

Com o impasse, a população acompanha a degradação do espaço sem poder fazer nada a respeito. Segundo o técnico em informática Maicon Hecke, com a indefinição dos órgãos, o terminal ficou abandonado. Hecke afirma que o protesto foi a maneira encontrada pela população para cobrar uma solução para o problema.

“Sempre tem uma desculpa para o funcionamento do terminal, que está pronto há quase três anos”, afirma. Para o pintor Dorival Gutierrez, a não utilização do terminal da Roça Grande está prejudicando a população. Segundo ele, além dos bairros de Colombo, o terminal está deixando de atender inclusive a população de Curitiba que trabalha em Colombo.

Impasse

A Urbs informou que está preparada para integrar o terminal da Roça Grande, dependendo apenas da indicação da Comec da fonte dos recursos que viabilizariam o gerenciamento do terminal. De acordo com a Urbs, essa indicação está prevista na Lei 12.597/08 de Curitiba e no contrato de convênio entre a Urbs e a Comec.

Já o coordenador-geral da Comec, Alcidino Bittencourt Pereira, rechaça a afirmação da Urbs. “Além de construir, ainda temos que pagar para funcionar?”, indaga. Segundo Pereira, a construção do terminal teria sido viabilizada com recursos do governo estadual, em parte financiado junto ao BNDES.

“A Urbs se recusa a integrar porque deve ela espera haver uma demanda insuficiente de usuários para os seus critérios”, afirma Pereira. Segundo ele, foi investido cerca de R$ 1,4 milhão para construir o terminal, que deveria interligar os bairros da região com o Sistema Integrado de Transporte de Curitiba e região metropolitana.

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