Moradores abrem via clandestinamente

Concluído o Contorno Norte, as polêmicas do trecho não chegam ao final. Os moradores de Almirante Tamandaré ainda se dizem insatisfeitos com a obra. O motivo é uma via alternativa que liga a rua Agrimensor Nicolau Valkir Neto, no Jardim Monterrey, à rodovia. A disputa pelo local até parece um jogo: quando o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) fecha, os moradores abrem, clandestinamente.

?Aqui tinha uma rua que levava até a Rodovia dos Minérios. Quando saiu o contorno, o DER fechou a via. Como o movimento é grande e não tem condições de ficarmos fechados aqui, abrimos essa outra via clandestina de acesso. Ao invés de melhorar isso para nós, eles pioraram. Agora eles vêm e fecham essa e nós tornamos a abrir. Isso já aconteceu três ou quatro vezes. A última que eles fecharam foi sexta-feira, mas nós reabrimos segunda de noite, com pá e enxada?, conta o morador Gerson Lamêga.

Os moradores afirmam que a via alternativa é necessária porque o próximo acesso fica muito distante do contorno. ?Quando está fechado, tenho que dar uma volta de quatro quilômetros até o acesso. Como trabalho com transporte escolar, sofro por conta do horário?, reclama José Romildo, também do bairro. Enquanto aguardam que o DER feche novamente a via, o que eles querem é que o acesso seja regularizado. Caso contrário, prometem continuar abrindo a via alternativa.

DER

Segundo o DER, a idéia não é que esse jogo de abre e fecha continue. Nos próximos dias a via será novamente fechada e o órgão alerta que as polícias Civil e Rodoviária já estão avisadas. Se as pessoas forem pegas em flagrante abrindo o acesso clandestino, serão penalizadas, podendo até serem presas por ato de vandalismo. Ainda de acordo com o DER, além de irregular, o acesso é perigoso, por estar na curva de um barranco e ter pouca visibilidade. Não há qualquer possibilidade de regularização da via. No entanto, o órgão estuda a possibilidade de outro benefício: a pavimentação de dois quilômetros da rua principal, de onde sai esse acesso alternativo. Para isso seriam investidos R$ 658 mil.

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