A equipe dos Caçadores de Notícias esteve ontem no local e encontrou a comunidade preocupada. As pessoas que vivem ali temem que, caso a chuva não pare, a água suba ainda mais, obrigando as famílias a buscar refúgio em outro local. “Sempre que chove muito, a água vem com tudo e fica represada aqui”, diz o borracheiro Sidnei Cruz, que mora há nove anos no bairro.
Sidnei conta que o barco que usa em suas pescarias serviu, desta vez, como meio de transporte. “Usei para buscar minha avó, que mora aqui ao lado e ficou presa em casa, e para ajudar o pessoal que precisa passar pela rua, que virou um rio”, afirma.
A via começa em uma ladeira, que desce rumo a uma baixada onde fica a maioria das casas do bairro. Algumas residências ficaram isoladas e a única maneira de sair é com a ajuda de uma embarcação, ou passando pelo meio da água, que segundo os moradores chegou à altura da cintura.
A manicure Jacksiane Vargas Sores, que se mudou para o Tropical há quase dois anos, diz que esta enchente é a pior que já presenciou. “Na minha casa a água não entrou, mas alguns vizinhos perderam móveis e colchões. No ano passado, a prefeitura colocou saibro, para subir o nível da rua, mas desta vez não adiantou”, lamenta.
Jacksiane diz que não imagina uma solução para o problema dos alagamentos. “Como as cavas ficam muito perto, é difícil resolver. O certo seria mudar para outro lugar, mas não temos para onde ir”, diz a jovem de 21 anos, que mora com o marido e três filhos.
Veja na galeria de fotos do alagamento.